"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
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Acho que eu nunca orei e rezei tanto na minha vida como durante o trajeto até o hospital. Nick estava dirigindo e isso fez com que chegássemos no hospital em quase dez minutos, com o Gavi morrendo de ansiedade parecendo que ele quem ia parir.
Eu estava no banco de trás, conferindo a minha bolsa de um e um minuto para ver se tudo estava lá. Eu repetia o ciclo e repetia a minha súplica para o Senhor que desse tudo certo.
Assim que chegamos no hospital, calhou de todo mundo chegar junto. Como? Também não sei. Tia Alexia corria para dentro do hospital ansiosa para ver a Mia; Maya estava quase que igual, enquanto o Brad foi acudir nosso tio Flávio que estava entrando em pânico.
As crianças vieram correndo até a nossa direção. Eu estava tão avoada que mal entendi o que a Luna disse pra mim quando me abraçou pelas pernas dizendo algo sobre "a tia Mia vai ter os bebês!". Gavi a pegou no colo, e Nick segurou nas mãos dos gêmeos para que eles não saíssem correndo no estacionamento do hospital.
Eu nem conseguia processar direito a movimentação ao meu redor. Era como se o mundo estivesse girando em câmera lenta, enquanto o meu coração batia acelerado no peito.
Sol e Pilar me encontraram perto da entrada do hospital, e eu, ainda meio atordoada, senti o toque de Sol no meu ombro. Ela sorriu, tentando me passar calma.
— Manu, vai dar tudo certo. Você tá mais do que preparada pra isso. A Mia confiou em você por um motivo.
Pilar assentiu, cruzando os braços enquanto olhava ao redor, provavelmente tentando localizar onde todo mundo estava.
— Você já fez fotos incríveis em situações mais complicadas que essa. E, além do mais, estamos todas aqui com você. A Mia vai ficar bem, e você vai arrasar.
Eu respirei fundo, tentando absorver as palavras delas. O apoio das duas me fez sentir um pouco menos tensa, mas a sensação de responsabilidade ainda era esmagadora. Era a Mia, a minha prima, a minha amiga, e eu queria que tudo fosse perfeito. Com um aceno de cabeça, concordei e segui em frente.
Entramos no hospital juntas, a adrenalina me deixando mais alerta a cada passo que dávamos em direção à ala de maternidade. O corredor estava um caos controlado, com enfermeiros passando rapidamente e familiares ansiosos aguardando notícias.
Assim que entrei no quarto, Mia e Pedri já estavam lá, junto com o Fer que andava de um lado para o outro. As crianças estavam sentadas no sofá, milagrosamente, comportadas. Maya e tia Alexia estavam ao lado da Mia na cama, tentando tranquiliza-la. Quando ela me viu, sorriu e abriu os braços.
— Minha fotógrafa! — Sussurrou ao me abraçar.
— Como você está? — Perguntei, passando a mão pelo seu cabelo. — Sentindo muita dor?
— Agora não mais, uma anja me deu remédio para dor e agora melhorou. Acho que só estou entrando em surto de ansiedade.
— Você precisa se acalmar. — Maya sorriu, apertando sua mão. — Vai dar tudo certo, amor.
