"Livro 2 da série Barcelona"
Quatro anos são suficientes para curar uma ferida?
Com certeza para Gavi e Manuela, não!
Inseparáveis desde crianças, não estavam preparados para o que a adolescência os esperava... Futebol, novas amizades, fama, problem...
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Quinta Feira
— Não quer mesmo que eu vá? O Brad pode ir também...
— Não vai me atrapalhar em nada, Manu.
Olhei para a Maya e Brad, que estavam na minha frente, e neguei, com um sorriso fraco no rosto.
Era quinta-feira, e eu havia contado no começo da semana para meus irmãos e Brad que faria os exames hoje. Prontamente, Maya começou a tentar desmarcar seus compromissos para ir comigo, mas eu neguei. Matteo estava na Itália e Mia tinha que trabalhar, e por conta disso, Brad tentou fazer a mesma coisa... Já o Nick, mesmo que ele tenha disfarçado, sei que ele ficou feliz por ele não ter que ir, já que ele odiava hospitais, clínicas, exames...
Eu odiava mais do que tudo incomodar ou atrapalhar.
Eles passaram quase a semana inteira dizendo que não teria problema nenhum eles desmarcarem seus compromissos para irem comigo, mas eu não queria.
— Bom dia.
Olhei para a escada onde Gavi estava descendo, arrumando seu cabelo. Ele sorriu quando me viu e se inclinou na cadeira, deixando um selinho rápido nos meus lábios, antes de ir dar bom dia para a Maya, Brad e os gêmeos.
— Niñito... — Maya o chamou, enquanto ele conversava com o Arthur. — Me promete que se acontecer alguma coisa, você vai me ligar imediatamente?
Gavi olhou confuso para mim e eu apenas balancei a cabeça.
— O que poderia acontecer?
— Não sei, mas quero que você prometa. — Maya o encarou, apoiada na ilha.
Ele suspirou, balançando a cabeça sorrindo.
— Sim, mamãe... Eu prometo.
— Mesmo?
— Maya, você não está atrasada? — Ele perguntou rindo. — A Manu vai estar comigo, não sou qualquer um.
— Não estou dizendo porque não confio em você, seu besta. — Maya riu, dando um tapa fraco em sua testa. — Mas sim porque conheço a dona Manuela e ela tem tendência a esconder as coisas por medo de achar que está atrapalhando. — Me encarou.
Dei de ombros, encostando na cadeira com um sorriso travesso.
— Não é bem assim...
— Sabemos que é, Manuzinha. — Brad se aproximou, dando um beijo no topo da minha cabeça. — Eu já vou indo porque tenho reunião agora cedo, mas qualquer coisa é só me ligarem, beleza?
— Tá bom! — Respondi divertida, revirando os olhos.
Brad bagunçou meu cabelo e foi se despedir do Gavi, Maya e dos gêmeos. Depois que o Gavi terminou sua conversa longa com o Tutu sobre o sonho que ele teve, ele sentou ao meu lado, passando o braço pelo meu ombro, dando um beijo na minha bochecha.
