Aproximou o dedo da tela, enviar significaria arriscar-se por completo e apagar Dante de sua vida, transformar em apenas história aquilo que, um dia, tivera tanto sentimento.
Alisson= Bom dia, Dulce! – aproximou-se a passos largos.
Dulce= Bom dia, senhora! – bloqueou rapidamente o celular e levantou-se, a mensagem ficaria para depois.
Alisson= Que bom que já está aqui. – seguiu andando, agora com a morena ao seu lado. – Essa é uma reunião importante, te explicarei o que precisamos conseguir agora.
E a partir daquele momento, Dulce não encontrou mais oportunidade para falar ou sequer pensar em Christopher. Passou toda a manhã em reunião com a editora-chefe, era a primeira vez que tinha a oportunidade de estar em algo grande e poderia escrever algo ao invés de atuar apenas como a secretária da mulher.
Deixou o edifício já no horário de almoço, e assim que saiu do prédio, viu o carro de Santiago ali. Aproximou-se, e não escondeu a surpresa ao deparar-se com Maite no banco da frente.
Almoçaram juntos e utilizaram o tempo para combinar a visita ao hospital de câncer no dia seguinte, o lugar havia perdido significativas crianças nos últimos dias e precisavam da dose de esperança que os amigos sempre levavam.
Em seguia, Santiago deixou a dupla na revista, e Maite pôde, finalmente, encher a amiga de perguntas sobre a noite anterior.
Dulce= Temos uns minutos? – colocou a bolsa em cima da mesa.
Maite= Claro que temos! – puxou-a pela mão. – Bora!
Dulce= Maite! – riu enquanto a morena a puxava até a copa.
Maite= Estou curiosa! – deu de ombros. – Como foi tudo?
Dulce= Foi... – entrou na copa e fechou a porta. – Foi desesperador de tão incrível!
Maite= Hein? – franziu o cenho e depois riu. – Mas que raio de resposta é essa?
Dulce= Alex é... – sentou-se à mesa. – Ele é ótimo, Mai. Ele se entrega, ele fala, ele não esconde nada, ele cria situações, ele...
Maite= Ele é perfeito pra você. – sentou-se de frente para ela.
Dulce= Tão perfeito que assusta e dá medo. – confessou. – Ele disse... ontem... e hoje... ele...
Maite= Está gaguejando e não contando nada. – colocou as mãos nas pernas dela. – Respira e fala.
Dulce= Ele disse: estou apaixonado por você. – viu a amiga piscar seguidas vezes. – Disse ontem e repetiu hoje.
Maite= E você? – seguia na mesma posição.
Dulce= Eu não sei o que sinto. – segurou a mão dela. – Eu não sei, Mai. Eu não queria isso.
Maite= Dul, em algum momento você terá que deixar de só farrear por aí. – olhou-a e a amiga deu de ombros. – Não, não faça assim.
Dulce= Pra que deixar isso de lado e mudar o que dá certo? – a morena lhe acariciou a mão. – Olhe as coisas com o Santi! Sempre funcionou bem pra nós, nunca tivemos problemas.
Maite= Porque você não tem sentimentos por ele. – sorriu diante do óbvio. – Mas veja agora com o Christopher! Nem um mês e você está balançada.
Dulce= Não quero ceder. – soltou as mãos. – Não quero desenterrar o coração de novo, mexer em sentimentos. Eu estou bem assim.
Maite= E quer viver traumatizada pra sempre? – soou dura. – Quanto tempo faz que voltou a dirigir? Nunca mais vai amar ninguém? Acha que é isso que o seu noivo ia querer? Te ver viver em função do seu pai e desse emprego porcaria que temos? – a morena desviou o olhar. – Dulce, preste atenção! Agora é hora de falar sério. – tocou-lhe a perna. – Não fazemos muito isso, mas às vezes é preciso. Dul!
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Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...