Capítulo 76

457 49 95
                                    

Capítulo 76

Anahí= Jeff localizou a Dulce e a Ailin. – entrou novamente na sala. – Aparentemente estão perto do cemitério. Vai ser difícil prender as duas agora, estão... inconformadas. Seria difícil pedir qualquer comportamento diferente.

Christopher mirou a loira apenas enquanto ela falava, logo virou-se novamente para a janela e continuou observando o movimento da rua. Sua cabeça dava voltas intermináveis ao pensar em Dulce, não parecia existir qualquer maneira de consertar aquela situação.

Sentia-se perdido nos próprios sentimentos, parte de si desejava esquecer-se de todos os problemas e concentrar-se apenas na morena, mas a outra parte, a maior delas, desejava incoerentemente encontrar Dante; odiava precisar trazê-lo para tão perto.

Anahí= Noah? – sentou-se ao lado dele e o ruivo levantou os olhos para ela. – Podemos conversar?

Noah= Estava pensando nos próximos passos que precisamos dar. – olhou-a com naturalidade, como se a conversa anterior jamais tivesse acontecido. – A melhor forma de tirá-lo de lá é contarmos com alguém lá de dentro, mas nós não temos essa pessoa.

Anahí= Noah... – sibilou, e a mão inconscientemente tocou o joelho dele.

Noah= Então... a única forma que resta é que pensem que ele saiu. – sentiu-a apertar seu joelho.

Anahí= Não. – encarou-o quase como súplica. – Não diga.

Noah= Vou entrar no lugar dele. – o candidato virou-se imediatamente para encará-lo. – E que pensem que eu sou ele, que me levem para onde ele está.

Anahí= Não. – disse de imediato.

Noah= Entro e tiro nós dois de lá. – seguiu firme.

Anahí= Disse que não, Noah. – fungou ao puxar o ar. – Não.

Noah= Não é uma pergunta. – encarou-a. – Eu vou entrar e tirar o meu irmão de lá.

Anahí= Não... – o pedido saiu baixo. – Noah... não.

Noah= Eu não posso deixá-lo lá. – mirou o candidato. – Não agora que eu sei que ele está lá. Eu só preciso de ajuda para entrar e sair.

Christopher= O que eu posso fazer por você? – olhou-o cúmplice e o ruivo assentiu.

Anahí= Não. – mirou Christopher. – Você não fará nada.

Noah= Ele fará. – seguia mirando o homem. – E eu vou entrar para...

Anahí= Não! – disse ríspida.

Noah= Caralho, Anahí! – virou-se para ela. – Estão com o meu irmão!

Anahí= Se te pegam, te matam! – gritou e ele arregalou os olhos diante de tal gesto. – Matam vocês dois! E não... eu não... – os olhos marejaram, mas ela não permitiu que nenhuma lágrima caísse. – Eu não aguento... eu não... não quero que você morra.

E olhando o alemão naquele momento, Anahí sentiu um medo que há tempos não sentia, um medo que a consumiu em segundos e a fez pensar que nem Noah, e menos ainda Dante, sobreviveriam ao final daquela história.

Concluiu, ainda que não assumisse, que não aguentaria uma morte mais sobre suas costas, não aguentaria perder. Ela se recusava a perder.

Noah a encarava sem dizer nada, via os olhos claros dela perderem-se entre as lágrimas e sentiu o peito contrair-se ao perceber que ela se recusava a chorar.

O coração diminuiu. Ele estava, errônea e perdidamente, apaixonado pela loira.

Noah= Ani... – esticou o braço para alcançá-la, mas ela afastou os corpos e negou.

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora