Capítulo 13, parte V

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Encarou o celular e logo mirou o homem, que seguia conversando amistosamente com Christopher, desejava que Fernando encerrasse logo o assunto.

Viu o senhor levantar-se do banco e então respirou aliviada, aquele momento finalmente acabara.

Dulce= Reme! – tocou-lhe o ombro e a senhora deu um pulo de susto. – Nossa, perdão!

Remedios= Chegou rápido demais, querida. – ganhou um beijo dela.

Dulce= Eu estava aqui do lado. – sorriu. – Por que tem tanta gente aqui? O cara ainda não foi embora?

Remedios= Ah... – sem graça. – É... ainda não, querida.

Dulce= Quem é, afinal? – olhou ao redor e seus olhos pararam em Anahí. – Não...

Fernando= Minha filha. – ela piscou atônita ao escutá-lo. – Conheça o filho do Walter. Lembra do governador? – mirou a menina. – Christopher é filho dele, candidato a senador. – ela abriu a boca, mas não emitiu som algum. – Senhor Uckermann, essa é a minha filha, ela é jornalista e...

Fernando seguiu falando, mas nenhum dos dois escutava mais nada, aquela rua parecia pequena demais para tantas informações perdidas.

Anahí encarava a situação com alegria, julgando incrível aquele encontro.

Christopher observava a morena com surpresa em tantos sentidos. Surpresa por encontrá-la, por perceber que conhecera o pai dela, por saber que descobrira seu endereço; eram tantos os motivos.

E Dulce o observava com indignada surpresa. Não engolia o fato de que, com tantas colônias e pessoas, o homem escolhera justamente a dela e justamente seu pai. Dario sabia bem seu endereço, ela tinha certeza de que Anahí também descobrira sobre sua família, e agora Christopher se aproveitava da condição de Fernando para ganhar votos; ela estava realmente irritada.

Fernando= Dulce? – chamou-a outra vez. – Minha filha, está me ouvindo?

Dulce= Sim. Sim, estou. – recobrou a consciência. – Anda, vamos, já é tarde.

Fernando= Estou te apresentando o candidato. – indicou outra vez o homem. – Está me escutando?

Dulce= Sim, ouvi, foi um prazer. – disse apressada. – Vamos embora?

Fernando= Dulce! – olhou-a e logo levou os olhos até o candidato, pedindo em silêncio que ela o cumprimentasse.

Christopher= Marí...

Dulce= Muito prazer. – disse ríspida. – Vamos, pai.

Christopher= Eu... – não sabia nem mesmo o que falar.

Fernando= Minha filha, não fale assim! – assustou-se com tal maneira. – Onde estão os seus modos?

Dulce= Hm. – a morena respirou fundo, mirou o candidato, forçou o sorriso e então lhe estendeu a mão. – Dulce María. Prazer, candidato.

Christopher= Prazer... – franziu o cenho, mas diante da postura séria dela, entrou no jogo e lhe deu a mão. – Christopher Uckermann. É um prazer conhecê-la.

Fernando= O senhor Uckermann tem propostas muito interessantes para contar. – disse com entusiasmo. – Me comentou algumas coisas.

Dulce= Eu posso imaginar. – estendeu uma das mãos para o pai. – Mas já vamos, não é? Me prometeu uns tacos, se lembra?

Fernando= Sim, meu amor, justamente disso eu falava com o candidato. – apontou o homem, sem notar o olhar de espanto da filha. – Ninguém faz tacos melhor que Don Ramón.

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora