Capítulo 11, parte III

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Dulce= Então agora, além de insuportável, a loira aguada também é mentirosa? – ele negou. – Pois me explique, Christopher, porque sua história não faz o menor sentido!

Christopher= Desmanchei hoje o tal "noivado". – ela franziu o cenho por alguns segundos e logo explodiu em uma irônica gargalhada. – Dulce!

Dulce= Não, né? Ah, por favor! – olhou-o com sarcasmo. – Não me venha com um "me apaixonei e larguei tudo por você", porque eu não acredito. E se fosse verdade, também não ia querer arcar com o peso dessa sua decisão impulsiva e descabida.

Christopher= Não larguei tudo por você. – pareceu ponderar. – Embora, sim, confesso que estou altamente inclinado a abrir mão de muita coisa para descobrirmos o que rola aqui.

Dulce= Christopher! – esbravejou.

Christopher= Se disser que o que aconteceu domingo de manhã na minha cama é algo normal, eu calo a boca agora. – aumentou o tom de voz. – Não dou um pio! Você tem coragem?

Ela respirou fundo e negou com a cabeça, abaixou o olhar em seguida, não tinha como encará-lo naquele momento.

Dulce= Tem tequila? – ele assentiu e apontou o bar.

A morena saiu dali, foi ao bar e pegou a garrafa e dois copos de shot. Voltou até a cozinha, parou ao lado do homem e serviu um pouco da bebida em cada copo, entregou-lhe um.

Não se olharam, apenas bateram de leve os copos e beberam em seguida. Ela serviu-se de mais um shot e então voltou a sentar-se na ilha.

Christopher seguiu cortando o brócolis e o bacon, tudo o que se ouvia no apartamento era a playlist tranquila que tocava através da assistente virtual.

Ele preparou o macarrão, o molho branco, acrescentou brócolis e bacon, por fim pegou os pratos no armário. Primeiro a serviu, depois fez o mesmo para si, então parou ao lado da geladeira.

Christopher= Cerveja ou vinho?

Dulce= Continuo com a tequila. – levantou o olhar para ele.

Ele concordou, pegou a cerveja para si, abriu-a com facilidade e então sentou-se ao lado da morena.

Estranhamente o silêncio outra vez, comeram sem falar nada, embora os olhares terminassem se esbarrando a todo o momento.

Dulce= Sinto muito pelo seu noivado. – quebrou o clima, já sem conseguir conter-se. – Eu não... eu sinto muito que tenha terminado.

Christopher= Eu nem a conhecia. – deu de ombros.

Dulce= Oi? – então levantou o rosto.

Christopher= Dulce. – encarou-a. – Sabe quem era a minha noiva?

Dulce= Por que eu saberia? – enrolou o macarrão no garfo.

Christopher= Hoje é que liguei o nome à pessoa. – sincero. – Coisa que não havia feito antes.

Dulce= Qual o sentido dessa conversa? – comeu.

Christopher= Que a minha noiva era Maite, sua amiga. – ela arregalou os olhos e soltou o garfo para levar a mão à boca. – Dulce!

Dulce= Não! – tossiu.

Christopher= Calma! – levantou-se correndo e encheu o copo de água. – Tome, se acalme.

Dulce= Que merda é essa? – assustada.

Christopher= Tome a água! – insistiu. – Você está vermelha!

Dulce= Christ... – bebeu a água. – Christopher! – ele sentou-se outra vez. – Você é o cara do casamento arranjado? – perguntou incrédula. – Você é o cara do casamento arranjado!

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora