Capítulo 23
Christopher chegou ao próprio apartamento exatamente às seis da tarde, estava cansado e pelo dia exaustivo que tivera: fotos pela manhã, o rompimento com Dulce, e a reunião longa durante a tarde.
Dario= Que horas devo buscar a menina Dulce, senhor? – perguntou, assim que parou o carro na garagem do luxuoso prédio.
Christopher= Hm. – pareceu ficar segundos demais em silêncio. – Não precisa buscá-la, Dario.
Dario= Perdão, senhor? – virou-se para trás.
Christopher= Ela não virá. – forçou o sorriso e abriu a porta do carro. – E eu não saio mais hoje, portanto, pode voltar para casa e descansar. Obrigado pelo dia.
Dario= Claro. – disse, visivelmente confuso. – Está bem. Obrigado. Descanse, senhor.
Christopher= Você também, Dario. – saiu do carro. – Obrigado.
Subiu o elevador sem qualquer ânimo, queria abrir uma cerveja e cair no sofá sem qualquer preocupação externa. Aquela era uma das inúmeras razões que, até então, o faziam permanecer sozinho: ter alguém era ter sempre uma preocupação a mais.
Com toda certeza não estaria se sentindo bem tão mal se não tivesse se desentendido com Dulce, se pudesse simplesmente viver a vida com ela da mesma maneira leve que sentira quando a conhecera.
Adoraria tirar um longo tempo para convencê-la da felicidade que ele era capaz de lhe dar, mas não tinha tal tempo, e abrir mão de sua carreira era completamente fora de cogitação; ele tinha plena consciência dos sentimentos pela morena, mas possuía igual consciência por tudo o que a política representava.
Aquela terça-feira não poderia ser pior.
Alexandra= Meu filho! – exclamou assim que ele entrou no apartamento. – Que bom que chegou!
Pensando bem: sim, sempre dá pra piorar.
Foi o que ele concluiu ao ver a mãe sorrir tão animada, com o pano de prato pendurado em um dos ombros e parecendo andar apressada demais por todo o apartamento.
Alexandra= Que demora, meu amor. – beijou-lhe o rosto. – Já está adiantando tudo por aqui, está bem? Tome um banho rápido. – empurrou-o para a escada. – Samay está preparando a entrada para vocês, seu irmão está a caminho.
Christopher= Mãe...
Alexandra= Seu pai está na sacada. – riu. – Sabe como ele é, já está bebendo. Não demore e desça para aproveitar com ele, está bem? – afastou-se dele. – Mas faça tudo isso antes da Dulce chegar, por favor! – voltou para a cozinha. – Agilidade, Christopher!
Ele abriu a boca, quis falar, mas sentiu que entrar em detalhes, naquele momento, lhe causaria mais problema. Então apenas respirou cansado e subiu até o próprio dormitório.
Girou os olhos ao entrar no cômodo, agora todos os espaços da própria casa simplesmente o faziam lembrar-se de Dulce, até o cheiro dela parecia ter ficado impregnado ali.
Contrariando o que sempre fazia, ele tomou um banho mais demorado, saiu do banheiro apenas com a toalha enrolada na cintura, e antes de vestir-se, viu as mensagens recebidas.
Ariel Planzo
Definitivamente faltou você aqui!
Te amamos, chipi!
Ele sorriu de maneira natural ao ver a amiga na boate ao lado de Lucía, ambas com o copo na mão, e visivelmente já alteradas pela quantidade de álcool.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...