Capítulo 74, parte III

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Anahí= É evidente que fizeram isso para chamar atenção, eles queriam ser notados. – esperou o comentário, mas a morena seguia imóvel e calada. – Esperavam que você os notasse.

Dulce= Não notei e não vou notar. – disse em tom quase desafiador. – O que vai fazer a respeito?

Anahí= O mais provável é que quisessem chegar ao Christopher. – levantou-se. – Com a eleição amanhã, qualquer que seja a intenção deles, precisam ter a atenção do Christopher agora.

Noah= O que eu não entendo é: o que eles querem com o Christopher? – deu de ombros. – Por que isso é tão importante agora?

Anahí= Porque é muito provável que ele seja o primeiro dos senadores eleitos amanhã. – apontou o candidato. – Porque disparou nas pesquisas e ganhou ainda mais força depois do noivado.

Noah= Ok, mas isso não...

Anahí= É carne nova no senado. – interrompeu-o. – E vão tentar garantir que ele ficará do lado deles. Toda vez que temos um candidato novo, infelizmente é normal que façam isso. Tentam buscar quem vai se corromper ou não. Normalmente o fazem procurando pelo ponto mais fraco, e como a história da Dulce foi amplamente conhecida no passado, devem ter se valido disso.

Ailin= Pouco me importa a política. – mirou a loira. – Quero o corpo do meu irmão de volta!

Anahí= Isso é o que vamos buscar. – respondeu com calma. – Nada disso passará em branco, eu prometo. – mirou os dois irmãos e logo a morena. – Falo sério.

Dulce= Uhum. – não escondeu a ironia. – Já acabou com as suas desculpas?

Noah= Dulce! – arregalou os olhos.

Anahí= Eu não estou...

Dulce= Conte sua história fantasiosa para outra pessoa, Anahí. – girou os olhos. – Dante nunca foi assunto do Christopher, isso não tem nada a ver com ele.

Anahí= Você não...

Dulce= O enfrentamento em Tepito aconteceu muito antes, e essa história, para a imprensa e para todos, está encerrada. Essas pessoas... – apontou o notebook. – Não querem chamar a atenção do Christopher. E nem a minha. – olhou-a diretamente nos olhos. – O que elas querem?

Ailin= Como... como assim? – franziu o cenho.

Anahí= Isso é o que eu tento descobrir! – soou firme, mas a morena não parecia convencida. – Eu já tenho toda a minha equipe atrás disso.

Dulce= Não é possível que você me ache tão idiota assim. – negou com a cabeça. – De novo quer contar uma história absurda?

Noah= Dulce. – pediu de forma suave. – Ela só está...

Dulce= Tentando me fazer de idiota. – deu de ombros. – Mas eu não sou. Posso parecer, mas garanto que não sou.

Anahí= Não posso ter todas as respostas do mundo. – arqueou as sobrancelhas.

Dulce= Ah, pode! Você? Você pode! – assentiu seguidas vezes. – Qualquer um nessa sala pode ter dificuldade para qualquer resposta, mas você... você, não.

Noah= Dulce, por favor. – arfou. – Não está fácil. Podemos nos concentrar em uma solução ao invés de brigarmos e apontarmos dedos?

Dulce= Que solução, Noah? Que tipo de solução mágica você quer criar? – estalou a língua e negou com a cabeça. – Houve inúmeras mortes em Tepito ontem, em seguida esses infelizes entram em um cemitério sem a menor preocupação, passam um tempo enorme cavando, abrindo caixão, guardando ossos, e vão embora como se tivessem entrado e saído de uma merda de uma lanchonete! – bateu na mesa. – A resposta está estampada na cara de todos e você quer que eu me faça de cega para agradar a sua namoradinha?

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora