Capítulo 52

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Ailin deixou Dulce no salão do evento cerca de quinze minutos antes do horário previsto, a morena aproveitou o tempo de descanso para falar com o pai e com a melhor amiga; não havia dedicado atenção a nenhum deles durante todo o dia.

Maite= Fala, filha da mãe. – atendeu-a rapidamente.

Dulce= Me desculpe! – riu. – Sério!

Maite= São quase seis da tarde! – bufou. – Eu te mandei mensagem de manhã!
Dulce= Ai, Mai... – encostou-se na porta do salão. – Se você soubesse o quanto meu sábado foi puxado... me perdoa, de verdade. Eu já estou no evento, tá? Vou te esperar bem lindamente aqui!

Maite= Vai trabalhar, né, sua biscate?! – reclamou. – Eu queria você como convidada!

Dulce= Eu preciso da grana e o Santi precisa de ajuda. – caminhava em círculos. – Faça isso pelos seus amigos, por favor.

Maite= Que jeito, né? Eu faço. – cedeu. – Você conseguiu falar com o seu pai? Tive que inventar uma história fantasiosa de salão. Arrumou o seu cabelo?
Dulce= Deixei preso. – riu ao falar. – Mas não se preocupe, ele não vai saber o que é selagem. E a Reme muito menos.

Maite= Você me disse, na mensagem, que a mentira tinha a ver com o Christopher. O que era?

Dulce= Hunpf... – caminhou até o banco e sentou-se ali. – Achei que eu poderia desafiar o destino e fui até a casa dele.

Maite= Mentira! – gritou. – Dul! E aí? O que ele disse? Como foi? Transou a tarde toda, foi?

Dulce= Não me disse nada, nem me viu. – bufou. – Porque fui recebida pela filha da namorada dele.

Maite= E desde quando ele namora? – surpresa. – Christian não me disse nada!

Dulce= A filha da tal Roberta. – girou os olhos.

Maite= Mas eles não namoram! – franziu o cenho. – Não vou mentir pra você, Christian disse que os dois chegaram a se comer, mas que não deu em nada.

Dulce= Bem... – deu de ombros. – Ainda estão se comendo, então. Porque ela não chegou cedo na casa dele, não. Se ela estava lá, é porque dormiu lá.

Maite= Tudo bem, pode ser, mas você chegou a perguntar? – a amiga ficou em silêncio. – Mas, Dulce!

Dulce= Não, não perguntei! – resmungou. – Não preciso perguntar, porque já montei a história toda na minha cabeça!

Maite= E desde quando você é escritora?

Dulce= Vou dar na sua cara! – encarou a rua. – Não me irrite, Perroni!
Maite= Você odeia estar errada, e eu sei, mas dessa vez você está. Não deu nem chance para o homem se explicar!
Dulce= Não importa, ok? Não importa mais. – suspirou. – Cansei disso de amar alguém. Não quero saber de amor do passado, de amor do presente, de nada! Fim de vida amorosa.

Maite= Aham. – ironizou.

Dulce= Falo sério! – disse baixo. – Agora só quero saber de amor de rola. Fim. – escutou a morena gargalhar. – Passei anos desse jeito e nunca tive problemas. Pare de rir!

Maite= Você inventa as desculpas mais idiotas para fugir daquilo que te assusta. Seria realmente cômico, se não fosse trágico.

Dulce= Eu te espero no evento, Maite. – bufou. – Te amo, adeus, tchau!
Maite= Dul! – ainda ria.

Dulce= Bye! – desligou em seguida.

Não deu tempo para que a amiga se explicasse, estava frustrada pelos consecutivos fatos de azar que tivera nos últimos dias. Os desencontros com Christopher, a presença de Roberta, o e-mail sobre Dante que não dera em nada; parecia que nada constantemente apenas para morrer na praia.

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