Dulce= Obrigada. – lhe sorriu, sabia que era melhor encerrar o assunto de tal maneira. – Você e eu não daríamos certo, não. Somos muito sonhadores juntos.
Christopher= Exatamente por isso é que funciona! – piscou. – Quando era pequeno, meu melhor amigo não tinha um braço. Nos conhecemos na escola, eu tinha meus sete ou oito anos, e no primeiro dia que cheguei, ele foi a única pessoa a falar comigo. Nunca mais deixamos de nos falar.
Dulce= E hoje em dia? – mais uma lágrima escorreu.
Christopher= Nos falamos pouco. – confessou. – Ele se casou com uma espanhola, foi morar em Madrid e a distância nos afastou de forma natural, ainda que façamos uma ligação vez ou outra, enfim. O ponto é: ele me ensinou muito durante todos os anos em que esteve comigo. Se tenho a consciência que tenho, acredito que, em boa parte, é graças a ele.
Dulce= Ele via a vida de outra forma. – concluiu, era fácil pensar em todas as dificuldades que vira o pai passar. – Fora do privilégio de ter tudo à altura, de ser fácil, de receber primeiramente sempre um olhar acolhedor ao invés do puro preconceito.
Christopher= Exatamente assim. – então a olhou. – Você sabe de tudo nessa vida, é?
Dulce= Eu vivo. – deu de ombros. – Sem ser indiferente à dor do outro. Precisamos aprender a parar para ouvir ao invés de apenas escutar.
Christopher sorriu com tamanho encantamento, não conseguia encontrar uma só característica nela que não parecesse ser fielmente moldada para ele.
Tocou-lhe o queixo e fez com que ela o olhasse, aproximou os lábios e lhe beijou suavemente a boca.
Christopher= Eu vou perder a cabeça por você. – confessou. – Te deixar ir não é mais uma opção.
Dulce= Cállate. – sorriu, devolveu-lhe o beijo e voltou a cortar a cebola. – Pegue a frigideira, vai.
Christopher não rebateu, sabia que o melhor era encerrar aquele assunto, estava cada vez mais encantado por ela, e começava a temer os resultados daquela química tão forte.
Tomaram o café da manhã juntos, entre risos, beijos roubados e boas histórias de suas infâncias. Depois voltaram para o quarto e ali passaram a toda a tarde: assistiram filme, conversaram, curtiram a presença um do outro, e como era de esperar, terminaram o dia com a esperada rodada de sexo.
O relógio indicava seis horas da tarde, Dulce fora a primeira a tomar banho e Christopher entrou logo em seguida. Enquanto ela o esperava, ficou deitada na cama, entretida com a televisão.
Foi interrompida apenas pelo toque do telefone no apartamento. Sem querer invadir a privacidade do homem, ela deixou que o aparelho tocasse até o fim.
O recado na caixa postal veio em seguida.
Anahí= Christopher Uckermann! – disse furiosa. – Se você quer me deixar louca, diga logo de uma vez! E se não quer ser eleito, fale mais rápido ainda! – gritou e a morena olhou com espanto para o aparelho. – Porque paguei uma nota preta para não liberarem fotos suas com uma mulher ontem! Você não tem juízo? Não sabe que não pode ir à festa alguma? Você se esquece de quem é? Não é possível! – esbravejou, parecia realmente furiosa. – Amanhã é o seu noivado! Cuide da droga dos seus passos e pare de andar com conquistas baratas! Você é uma figura pública, pare de se juntar com o Chávez! Sua solteirice e irresponsabilidade já acabaram! E me ligue quando ouvir isso!
Dulce= Que... que porra é essa? – piscou seguidas vezes. – Christopher? Noivo? – sentou-se na cama e pegou o celular. – Eleito pra que?
Desbloqueou o celular e digitou o nome dele ali, sem precisar de mais do que poucos segundos para receber o resultado na tela.
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Jogada Perfeita
عاطفيةEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...