Olhou para cima, viu a luz do quarto dela acender-se e logo a janela se abriu. Ela o encarou encostado ao carro, e a expressão era de extrema raiva, mas não ousou gritar, sabia que isso apenas chamaria a atenção dos demais vizinhos.
Saiu da janela, voltou alguns segundos depois e jogou a sacola para ele. Ele a pegou, tirou o controle dali e então entrou no carro outra vez.
Estacionou na vaga da morena e subiu de escada até o apartamento dela. Quando chegou ao andar, a viu parada de braços cruzados na porta.
Usava uma camisola branca curta e seda, as alças finas, e o bico dos seios marcando o tecido, denunciando a ausência do sutiã.
Os cabelos soltos, rosto limpo, apenas três brincos em cada orelha, pés descalços e a expressão fechada. Ela estava extremamente brava. Ele aproximou-se.
Dulce= Não vai entrar. – encarou-o. – Eu não te quero aqui.
Christopher= Hm. – empurrou-a gentilmente para trás e entrou no apartamento. – Um pouco tarde para isso, María. – trancou a porta outra vez.
Dulce= Eu disse que não! – bateu o pé.
Christopher= Vou deixar o controle na mesa, tá? – assim o fez, colocando a chave do carro, a carteira e o celular ali.
Dulce= Não se faça de surdo! – foi atrás dele. – Disse que eu não te quero aqui!
Christopher= E eu até acredito. – puxou-a pela cintura. – Sua cabecinha orgulhosa pode até dizer isso.
Dulce= Me larga! – bateu no peito dele.
Christopher= Mas seu coração diz outra coisa. – encostou-a na parede.
Dulce= Alex! – o coração acelerou e o peito subiu descompassado.
Christopher= Tá vendo? – aproximou os rostos. – Se estivesse tão brava, não me chamaria assim.
Dulce= Não vou te beijar sem saber o que aconteceu nesse jantar. – mordeu os próprios lábios, escondendo-os, e o homem riu.
Christopher= Te amo, María. – tirou-a do chão, mas ela seguiu com as pernas esticadas e os lábios escondidos. – Ela queria um conselho, porque recebeu uma nova proposta de trabalho aqui, e mudar de país envolve a educação e a vida da Analu, a pequena é muito acostumada ao Brasil.
Dulce= Você a mandou de volta pra lá? – séria.
Christopher= Não, porque eu não posso decidir a vida dela. – a morena girou os olhos. – Mas eu disse que ela foi pra lá em busca de um sonho. E foi realmente lá que ela o encontrou.
Dulce= Odeio seus discursos. – desviou o olhar.
Christopher= Ela te mandou um abraço, agradeceu muito que você não tenha se incomodado com o jantar, porque ela precisava de um conselho, mas estava muito envergonhada de abrir a vida dela na frente de alguém novo. – a morena o olhou. – Analu fez um desenho pra mim, e eu disse que não estava mais sozinho, então ela também desenhou a minha namorada. Está na porta da minha geladeira agora. E foi só isso. – ela deixou os lábios à mostra outra vez. – Não vou ser pai agora. Meus filhos até vão correr pelos corredores do senado, mas levarão a sua genética, tenho certeza de que terão seus olhos e espero que também o seu nariz. – sorriu para ela. – Pode ser que sejam muito altos ou muito baixos, mas isso são detalhes. Apenas detalhes. O mais importante é que serão nossos.
Dulce= Você é um saco, Alex. – passou as pernas pela cintura dele. – Me ganha de um jeito que dá até raiva.
Christopher= Duvido. – encostou-a na parede. – Entre nós é impossível existir um sentimento assim.
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Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...