Capítulo 05
Dulce sentia que vivia uma guerra interna, parte de si estava confortável na cama macia, nos braços quentes e em um sonho tranquilo. A outra parte, entretanto, teimava em ouvir o toque do celular cada vez mais perto.
Abriu os olhos devagar, soltou-se engenhosamente dos braços do homem e puxou o aparelho em cima do criado mudo.
Dulce= Alô? – atendeu como um sussurro.
Maite= Mulher, que dor de cabeça do demônio! Foi uma guerra pra acordar! Eu estou simplesmente o pó. – a voz soou pesada. – Mas feliz, porque encontrei um tipo ontem na balada que... puta que pariu! Deu pra me apaixonar! – brincou. – Depois te conto tudo sobre o Christian, enfim, você já está pronta? Passo na sua casa, quer uma carona? Eu ainda não saí.
Dulce= Que? – só então despertou. – Caralho, Mai! Que horas são?
Maite= Oito, por quê?
Dulce= Merda, estou atrasada! – saiu da cama. – Leva uma roupa pra mim, pelo amor de Deus!
Maite= Uma roupa? – não aguentou e riu. – Você dormiu na casa do tal do Alex? Dulce, porra, esqueceu como é que se brinca de contatinho?
Dulce= Sem tempo pra te ouvir agora. Quebra essa pra mim, por favor. – procurava a calcinha pelo quarto e a amiga ria. – Mai!
Maite= Vou levar, vou levar! Uma roupa e uma boa maquiagem, você deve estar horrível. – parou de rir. – Não se atrase, a megera é um tormento, você sabe.
Dulce= Estou indo! Valeu, te amo, beijo. – desligou o celular com pressa e sorriu ao ver a calcinha no sofá. – Até que enfim!
Christopher= Precisa de ajuda? – não pôde evitar o sorriso ao vê-la tão agitada.
Dulce= Hey! – virou-se para ele e corou. – Oi! – colocou os braços na frente dos seios. – Eu estava... é que eu... bem....
Christopher= Procurando a sua roupa. – completou, notando a visível dificuldade dela.
Dulce= Pois é. – olhou ao redor.
Christopher= Acho que a sua... parte de cima... – reparava nela. – Ficou lá embaixo.
Dulce= Ok, eu vou... – pegou a saia no chão. – Eu vou... enfim. – colocou a saia com pressa.
Christopher= Não precisa fugir. – sentou-se na cama. – Quer comer algo? Preparo um café?
Dulce= Não! Digo, não, obrigada. Estou atrasada, eu preciso... – olhou ao redor. – Como eu saio daqui?
Christopher= O corredor. – apontou pra ela.
Dulce= Ok. – correu para fora do quarto, atravessou o corredor com pressa e chegou até a escada.
Desceu apressadamente cada degrau, olhou a enorme sala e tentou refazer os passos da noite anterior, mas tudo parecia nublado em sua mente.
Christopher= No bar. – parou no alto da escada, usando apenas a samba canção azul. – Pra lá.
Dulce= Obrigada! – sorriu sem graça e seguiu até o bar. – Finalmente.
Vestiu o corpete, calçou novamente a bota e aproveitou o espelho do lugar para prender o cabelo em um alto coque. Viu as máscaras em cima do balcão e um sorriso bobo surgiu de maneira involuntária; a noite havia sido ótima com ele.
Chacoalhou a cabeça, voltou para a sala e pegou a bolsa em cima da mesa.
Christopher= Procurando isso? – mostrou o celular em sua mão.
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Jogada Perfeita
Storie d'amoreEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...