Capítulo 41
Dulce acordou com o toque insistente do celular, revirou-se na cama e escondeu o rosto embaixo do travesseiro, tentando ignorar a música ritmada. Logo o barulho parou e ela voltou a dormir.
Mal fechou os olhos e o aparelho voltou a tocar.
Dulce= Não! – bufou e puxou o celular para si, atendendo-o sem abrir os olhos. – Não, Santi, não!
Santiago= Sim, Dulce, sim! – gritou do outro lado.
Maite= Bora, María! – gritou ao fundo. – Vamos passar em quinze minutos!
Dulce= É domingo! – abriu os olhos e olhou o celular. – São oito e meia da manhã!
Santiago= E você prometeu correr com a gente! – rebateu.
Dulce= Estou com cólica! – dramatizou.
Maite= Essa foi a desculpa de ontem. – animada. – Você nunca tem cólica dois dias direto. Anda, bora, arrume-se logo!
Dulce= Vocês são insuportáveis! – girou o corpo na cama e encarou o teto. – Eu já vou! Preciso de vinte minutos.
Santiago= Você tem quinze. E não se atrase! – avisou-a e encerrou a ligação.
Dulce= Iglesias! – gritou inutilmente. – Argh! Santiago! – bufou e sentou-se na cama. – Que merda, mas que merda!
Fernando= Consigo ouvir os xingamentos lá da sala. – abriu a porta do quarto dela
Dulce= Odeio o Santi! – mirou o pai. – E a Maite!
Fernando= Eu amo os dois. – sorriu ao final. – O que eles querem, dessa vez?
Dulce= Correr no Chapultepec. – mal-humorada, colocou os pés para fora da cama. – Em pleno domingo!
Fernando= Você bem que anda precisando. – cruzou os braços. – Tenho te achado mais cheinha mesmo.
Dulce= Tchau, senhor Espinosa! – pegou o travesseiro. – Vá! Antes que esse travesseiro termine voando na sua cara!
Fernando= Menina agressiva! Tem café da manhã pronto. – riu dela. – Venha comer e pare de brigar com o seu velho pai!
Dulce= Bobo! – riu ao final. – Eu já vou!
Fernando= Te espero, princesa. – saiu do quarto.
Dulce= Pai! – gritou e ele abriu novamente a porta.
Fernando= O que foi?
Dulce= Nada. – então lhe sorriu. – Eu te amo.
Fernando= Eu te amo, girafinha. – piscou e novamente saiu do quarto.
Dulce sorriu sozinha pelo jeito do pai, depois levantou-se e foi direto para o banheiro. Tomou um rápido banho, vestiu o short de corrida preto da Nike, o top também preto e a camiseta de um azul claro.
Prendeu o cabelo em um alto rabo de cavalo, dispensou a maquiagem, optando apenas pelo contorno das sobrancelhas. Calçou o tênis e então saiu do quarto.
Teve o tempo exato para tomar o café da manhã com o pai e então preferiu descer logo, para que os amigos não tivessem que esperá-la. Fernando decidiu acompanhá-la, assim aproveitaria para ir até a banca de jornal.
Dulce= Tome cuidado, está me ouvindo? – saiu com ele do prédio. – É banca e casa, sem desvios de rota.
Fernando= Está falando pra mim sobre desvios de rota? – riu com deboche. – Você é que é curva de rio e vai parando pra falar com um aqui, com outro ali, casa da Maite, casa do Santi... adora um enrosco!
Dulce= Tá debochando muito de mim, hein, seu Espinosa? – olhou-o de soslaio. – Vou colocar o controle da TV no teto! Quero ver o nanico alcançar!
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Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...