Capítulo 11, parte VIII

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Christopher= Cari... – riu e deu de ombros. – Estamos velhos, uma hora a gente tem que sossegar!

Lucía= Mas tudo junto assim? De uma só vez? – bufou. – São meus companheiros de balada, pelo amor de Deus! Primeiro foi o Poncho...

Christopher= Você nunca saiu com o Poncho. – cortou-a.

Lucía= Estou dramatizando! – arqueou uma sobrancelha e ele riu outra vez. – Depois foi o Javi, e com ele eu sempre saía! – ressaltou. – Agora vem você e o Christian... puta merda, estou sem opções!

Christopher= Quer uma indicação? Te conseguiremos um amigo. – brincou.

Lucía= Hein? Sai fora! – fez o sinal da cruz sobre si. – Não troco a minha vida de solteira por nada.

Christopher= Como vai a parceria com o Andrew? – pegou o queijo. – E as coisas na empesa?

Lucía= De vento em popa! – animou-se outra vez. – O deixei cuidando de tudo para a aproveitar esses dias agora. Quando voltar, vamos inaugurar uma filial em Miami.

Lucía nunca gostara de estudar, não havia feito faculdade alguma, mas isso não dizia nada sobre a inteligência absurda que a menina tinha. A família a pressionara para que escolhesse o caminho da política, seria uma candidata imbatível em qualquer eleição, mas a garota passou a adolescência e a juventude toda negando, não queria saber de se envolver em tal coisa. Mudara-se cedo para os Estados Unidos, sua habilidade em tecnologia a fez deixar de invadir computadores clandestinamente para então abrir uma empresa que prestasse tal serviço. Hoje em dia, mexiam com todo tipo de tecnologia e segurança, e tornaram-se uma das empresas mais procuradas e caras dos Estados Unidos. Há dois anos começara a parceria com Andrew, um antigo amigo que, na área da computação, a entendia melhor do que ninguém.

Christopher gostava de escutar as histórias que a prima contava, passara a infância e parte da adolescência com ela, cresceram juntos e não lembrava-se de uma só vez que tivessem se desentendido; ela era a irmã que não tivera.

Conversaram por quase meia hora até que o telefone tocasse outra vez e a portaria avisasse que Ariel chegara.

Lucía foi a primeira a levantar-se para receber a amiga, conheciam-se há tantos anos que, depois dos dez, pararam de contar.

Christopher deixou a cerveja na mesa e foi até a porta, ao aproximar-se, surpreendeu-se que os cabelos loiros da amiga haviam desaparecido por completo.

Ela tinha agora um tom de vermelho forte e vibrante, os fios estendiam-se até sua cintura, ondulados e com brilho. Os olhos redondos e azuis destacavam-se na pele branca, combinavam com os lábios mais grossos e o nariz curvo para cima.

E o corpo... bem, Christopher lembrou-se instantaneamente porquê de sempre terminar na cama com ela, um corpo como aquele não era encontrado facilmente.

Ariel tinha altura mediana, beirava os 1,65m, coxas grossas e bem torneadas, a bunda definida pelas horas de academia, uma barriga que dificultava qualquer dobrinha, braços finos e o peito com a quantidade de silicone apenas para mantê-lo firme, sem aumentá-lo fora de proporção. Os amigos sempre brincavam que Christopher tirara a sorte grande com ela, e olhando-a depois de tanto tempo, o político não tinham nem possibilidade de negar tal coisa.

Ariel= Hola, chipi. – a voz saiu provocante.

Christopher= Hola. – e ao abraçá-la, sentiu como a tensão sexual aparecera de maneira instantânea entre eles, era inevitável. – Te ves muy bien, chipi.

O apelido fora criado ainda na adolescência, em uma mesa de bar, depois de muitas cerveja e doses de tequila; ambos acreditaram que duraria apenas uma noite, mas os anos correram e o apelido permaneceu intacto.

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