Dulce= É a minha vida que você está arriscando. – encarou-o. – E eu só tenho uma.
Christopher= Sou bem consciente disso. – sorriu e manteve o capacete estendido para ela. – E prezo muito por ela. E então, topa?
Dulce= É bom você saber o que está fazendo. – pegou o capacete e a peruca dele, guardando-a na mochila.
Christopher= Se você não curtir, prometo que nunca mais proponho nada do tipo. – colocou o capacete. – E não falho com as minhas promessas.
Dulce= Eu não me esqueço de nenhuma delas. – primeiro colocou a mochila nas costas, e logo o capacete, escondendo o cabelo ali.
Christopher= Tem o costume de andar? – sentou-se na moto e a ligou em seguida.
Dulce= Não mais, mas é como andar de bicicleta, a gente não esquece. – colocou a mão no ombro dele. – Posso?
Christopher= Vem. – ela apoiou-se nele e subiu na moto. – Está confortável?
Dulce= Sim, muito. – colocou a mão na garupa, evitando abraçá-lo pela cintura.
Christopher= Vamos lá. – abaixou a viseira de proteção.
Saíram do hospital logo em seguida, e Dulce manteve as mãos na garupa enquanto Christopher dirigia tão habilmente pelas ruas da capital mexicana.
Logo deixou as conhecidas avenidas e pegou a pista, assumindo a alta velocidade. Dulce entendeu, naquele momento, que o convite ia muito além de uma carona para o almoço, era a maneira que ele encontrara para desconectá-la do mundo e reconectá-la com a própria essência.
A morena inclinou o corpo para frente, passou os braços pela cintura do homem e deitou a cabeça em suas costas, o vento em sua pele parecia envolvê-la em uma incrível sensação de paz.
Fechou os olhos e pensou em Dante, dedicou a ele o agradecimento por cada momento de felicidade vivido, agradeceu por cada dia cheio de amor que passaram juntos; ela começava a desprender-se e aceitar que, talvez, recomeçar não fosse tão errado quanto imaginava e as visitas frequentes ao cemitério pudessem, finalmente, parar.
Sentiu o coração leve, o peito encheu-se de ar e algumas lágrimas deslizaram com lentidão por todo seu rosto até cair entre seus lábios; mas não estava triste, muito pelo contrário, ela estava surpreendentemente feliz.
Não contou o tempo, mas sentiu que os minutos passaram correndo enquanto vivia o momento presente; e o vivia com todo o seu sentimento.
Christopher os levou até o prédio já tão conhecido pela morena, entrou na garagem e parou no subsolo, ao lado do carro que ela também já havia aprendido a reconhecer.
Desligou a moto, Dulce desceu, e logo ele fez o mesmo, tirando o capacete em seguida.
Christopher= E então, gostou? – viu-a tirar o capacete. – Valeu à pena?
Ela o olhou, e o homem notou os olhos ainda molhados, porém tão alegres, dela. A morena colocou o capacete em cima da moto, então deu um passo e passou os braços pelo pescoço dele, abraçando-o com força e ficando na ponta dos pés para alcançá-lo.
Christopher deixou o capacete ao lado do dela e a enlaçou pela cintura, apertando-a contra seu corpo e deixando uma das mãos deslizar carinhosamente pelos sedosos fios castanhos.
Dulce= Obrigada. – disse baixo e sem soltá-lo. – Obrigada pelo melhor dia que já tive em tempos.
Christopher= Te fazer feliz. – tirou-a do chão. – Era só isso que eu queria. – beijou-lhe seguidas vezes o rosto. – Objetivo alcançado.
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Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...