Capítulo 57, parte III

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Anahí= Nana! – gritou. – Me traz umas torradas? – pegou o controle e fechou a porta do armário em seguida. – Com geleia e queijo!

Nazaret= Levo já, meu amor! – gritou em resposta.

Anahí foi até a mãe, sentou-se ao lado da senhora e escolheu o desenho infantil para colocar na televisão.

Anna não esboçou reação alguma, apenas encarava o aparelho e voltara a deixar as mãos sobre os braços da cadeira.

Nazaret= Aqui está, meu bem. – entrou com a bandeja, alguns minutos depois.

Anahí= Pode deixar aí, Nana. – apontou o armário pequeno. – Por favor.

Nazaret= Está bem. – assim o fez. – Quer um cobertor? Esse quarto está frio.

Anahí= Acho que a mamãe precisa. – levantou-se. – Eu vou desligar a música. Não sei como estou conseguindo ouvir duas coisas ao mesmo tempo.

Nazaret= Hm... Branca de neve? – sorriu ao olhar a televisão. – Você quis?

Anahí= Mamãe não parava de falar "Tontín". – riu e abriu o armário. – Você conhece outro? Eu só pensei no desenho.

Nazaret= Eu também, querida. – riu.

Anahí= Então tomei como um pedido. – pegou o envelope e o colocou embaixo da bandeja, logo puxou o controle do som e diminuiu a música.

Nazaret= Embora... – levou o cobertor até a senhora. – Dona Anna sempre tenha gostado desse desenho. – sorriu para a patroa. – Sempre falou muito de Tontín. Escrevia cartas para ele.

Anahí= Que? – aproximou-se da senhora, levando apenas o prato com as torradas.

Nazaret= Isso tem muito mais de trinta anos. – cobriu a mulher. – Você nem era nascida ainda, meu bem. E sua mãe já adorava esse desenho, sempre falava de Tontín, escrevia cartas dizendo o quanto o amava... – acariciou os cabelos da mulher. – Era tão sonhadora dona Anna.

Anahí= Mamãe era apaixonada por um desenho? – sentou-se ao lado da mulher. – Por isso sempre me fez assistir isso.

Nazaret= Seu pai não gostava, mas essa era uma das poucas ocasiões em que dona Anna o enfrentava. – lembrou-se. – Para isso e para defender você.

Anahí= Me defender? – franziu o cenho. – Do que?

Nazaret= De... – pareceu pensar. – De qualquer coisa. – forçou o sorriso. – Em qualquer situação.

Anahí= Sei... – mirou a mãe e lhe beijou a bochecha. – Nana?

Nazaret= Sim, querida.

Anahí= Pode levar a bandeja para a cozinha. – encarou-a. – Tudo com ela. Tudo. E o que não pertencer à cozinha, certamente pertencerá à minha bolsa. Ok?

Nazaret= Sim. – assentiu. – Eu entendi.

Anahí abraçou a mãe de lado e deitou a cabeça em seu ombro enquanto assistia ao desenho infantil na televisão. Sabia que tinha muito trabalho pela frente, que o dia seria agitado e não deveria perder tempo, mas não quis abrir mão do momento com a mulher, não quando Anna parecia estar num dia tão calmo.

A loira começava a cochilar quando sentiu, repentinamente, a mão da mãe apertá-la com extrema força. Abriu os olhos com rapidez e viu a mulher encarando a televisão.

Anahí= O que foi, mãe? – franziu o cenho. – Espere um pouco, está me machucando. – a mulher não a soltou. – Mãe!

Anthony= Minha filha! – entrou no quarto. – Que surpresa você aqui!

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora