Capítulo 11, parte V

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Quando Dulce chegou ao subsolo, Dario já a esperava com o carro ligado, e não fez a ela uma só pergunta sobre Christopher. Não precisou pedir o endereço da morena outra vez, ele já parecia ter decorado o caminho.

Deixou a garota na porta de casa, ela despediu-se e subiu com pressa para o apartamento.

Dulce= Paizinho? – abriu a porta. – Cheguei! Reme?

Remedios= Estou aqui, querida! – gritou da sala. – Seu pai está trabalhando no quarto.

Dulce= Oi, coisa linda! – sorriu ao vê-la limpando a estante. – Tudo bem por aqui?

Remedios= Tudo muito bem. – ampliou o sorriso. – Vejo que a noite foi boa, hein?

Dulce= Pior que foi. – riu ao confessar. – Das boas.

Remedios= Deixe-me ver. – foi até ela e a cheirou.

Dulce= Que isso, Reme? – gargalhou.

Remedios= Seu pretendente é cheiroso! – a morena riu outra vez. – Tá na cara que esse casaco não te pertence, né?

Dulce= Você é uma figurinha! – deu-lhe um beijo estalado na bochecha. – Vou aproveitar o meu velhinho.

Remedios= Almoça aqui hoje, meu amor?

Dulce= Não, marquei com um almoço com a Ailin. – a senhora assentiu em silêncio. – Obrigada por não dizer nada.

Remedios= Te amo, pequena. – e ao dizer, ganhou mais um beijo da menina.

Dulce= Te amo, Reme! Vou atrás do meu velhinho. – seguiu até o quarto do pai. – Cadê o amor da minha vida, hein?

Fernando= Dul? – gritou do lado de dentro do quarto.

Dulce= Soube que alguém estava trabalhando. – abriu a porta e sorriu ao vê-lo na pequena mesa com o notebook.

Fernando= Santi me pediu um texto para amanhã. – lhe estendeu a mão. – Que roupa é essa, hm?

Dulce= Não ia voltar com o meu vestido de gala, né? – abaixou-se do lado dele e lhe beijou demoradamente o rosto. – Como você está?

Fernando= Estou muito bem. A sua noite foi boa? – lhe acariciou o rosto. – Se divertiu? O rapaz te respeitou?

Dulce= Ele foi um amor. – sorriu de lado. – Muito querido comigo.

Fernando= Hm... e haverá uma segunda vez? – riu baixo. – De repente, para você devolver esse casaco enorme.

Dulce= Pode ser, paizinho. – suspirou. – Eu não sei.

Fernando= Dê uma chance ao seu coração, meu amor. – ela mordeu o lábio inferior e calou-se por alguns segundos. – Dul?

Dulce= Ailin me ligou agora cedo e marquei de almoçar com ela hoje. – o pai abaixou o olhar e negou com a cabeça. – É só um almoço.

Fernando= Nunca é só um almoço quando você a vê, minha filha. – segurou a mão dela. – Está tão bem, está numa fase boa. É a primeira vez que volta pra casa com uma roupa que não é sua ou da Maite, não percebe? Está vivendo de novo.

Dulce= E vou continuar vivendo! Eu não vou cair de novo. – firme. – Não caio há muito tempo, você sabe.

Fernando= Eu continuo achando que o que passou, passou. – sincero. – E não há mais obrigação nenhuma entre você e a Ailin... e a família dela. Passou, querida.

Dulce= Eu sei, juro que estou bem. – forçou o sorriso. – Então, quer dizer que Santi te mandou um pedido de texto, é? – mudou o assunto e o pai a cedeu.

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora