Capítulo 68, parte II

510 44 84
                                    

― Uckermann? – a voz masculina disse baixo, tão baixo quanto um sussurro.

Christopher= Sou eu. – franziu o cenho. – Quem fala?

― Uckermann. – disse um pouco mais alto. – Preciso de ajuda.

Christopher= Quem está falando? – soou menos paciente. – Quem é?

― Preciso falar. – disse pausadamente. – Com a Dulce.

Christopher= Quem está falando? – reclamou.

― Dulce. – pediu outra vez.

Christopher= Quem fala? – uma segunda voz soou ao fundo, como um grito, e logo a chamada foi encerrada. – Alô? – mirou a tela do celular. – Mas que coisa...

Sentiu-se inseguro, lembrou-se de todas as conversas que já tivera com Anahí e pensou no risco que corria com a noiva; a vida de ambos estava em perigo. Decidiu ligar para a única pessoa capaz de ajudá-lo.

Anahí= Fala. – atendeu sem nenhuma paciência. – Já acertei tudo com a cãozinho.

Christopher= Anahí, acabei de receber uma ligação suspeita. – foi até o corredor, vendo se a morena não estava ali.

Anahí= Que tipo de ligação? – a voz tornou-se séria.

Christopher= Uma voz de homem. Não sei quem é. – voltou para a cozinha. – Primeiro falou baixo, depois um pouco mais alto. Perguntou se era eu ao telefone e pediu para falar com a Dulce.

Anahí= Qual o número?

Christopher= Número privado. Você acha que pode ser...

Anahí= Ele. Provavelmente é ele. – disse de imediato. – O noivado de vocês está por todos os lados agora.

Christopher= O que eu faço? – sussurrou.

Anahí= Nada. Só não atenda mais nenhuma ligação que não seja de número conhecido. E volte logo para a capital. – pediu. – Encontrarei você assim que estiver aqui, ok? Não demore.

Christopher= Ani... – levou a ponta dos dedos à testa, estudando se deveria verbalizar tal pedido para ela. – Tenho medo pela minha vida, mas principalmente, pela vida dela. Você poderia colocar...

Anahí= Não precisa pedir. – . – Tenho toda a minha equipe de olho em vocês, inclusive agora. Fique tranquilo.

Christopher= Obrigado. – resumiu-se.

Anahí= Te vejo mais tarde. – ouviu-o concordar e então encerrou a ligação.

Dulce= Alex! – voltou para a cozinha. – Alex?

Christopher= Oi. – desligou o celular. – O que foi, amor?

Dulce= Podemos ir? – encostou-se à porta, os olhos inexpressivos e a voz desanimada.

Christopher= Podemos. – franziu o cenho. – Você está bem?

Dulce= Hm. – jogou os ombros sem preocupação.

Christopher= Hm? – sorriu ao imitá-la. – O que isso significa?

Dulce= Falei com o meu pai. – disse com um sussurro quase inaudível.

Christopher= E como foi? – estendeu-lhe a mão.

Dulce= Não sei. – disse com a mesma apatia.

Christopher= Não sabe? – puxou-a pela cintura, vendo que ela não cederia de outra forma. – O que foi, María? Você não é assim.

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora