Capítulo 12

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Dulce acordou ao quarto toque do despertador, estava cansada, seu corpo parecia recursar-se a enfrentar o dia que tinha pela frente.

Levantou-se preguiçosamente, arrastou-se até o banheiro e entrou no banho. Conseguiu acordar, de fato, apenas depois da chuveirada.

Enviou uma mensagem à Santiago, avisando que passaria para buscá-lo em quarenta minutos.

Colocou a saia lápis preta, a camisa branca e a sandália de salto alto nos pés. Passou um rápido secador no cabelo, caprichou na maquiagem, e como de costume, encheu a orelha de diversos brincos.

Pegou a bolsa e saiu do quarto, Fernando terminava de preparar o café da manhã.

Dulce= Bom dia, amor da minha vida! – deixou a bolsa na cadeira e foi até o homem, que passava o café.

Fernando= Bom dia, minha princesa. – disse, ainda sem olhá-la e concentrando a atenção na água quente que virava na garrafa.

Dulce= Precisa de ajuda? – abaixou-se ao lado dele.

Fernando= Não, meu amor. – virou toda a água e então a olhou. – Está muito bonita! Toma o café comigo?

Dulce= Vou roubar alguma coisinha só, pode ser? – beijou-lhe o rosto. – Tenho que passar pra pegar o Santiago. Fiquei com o carro dele.

Fernando= Hm. – sorriu de lado. – Depois da mensagem, imaginei que a senhorita não fosse voltar para casa.

Dulce= Você conhece as regras. – piscou e foi até a geladeira. – Eu sempre volto pra casa.

Fernando= Sei. – cruzou os braços e a olhou, como se pensasse. – Com o rapaz da noite de gala não foi bem assim, não é? – ela o olhou por cima da porta da geladeira. – Que fim levou essa situação?

Dulce= Fim. Só isso. – deu de ombros e pegou a maçã. – Foi divertido e não tem razão pra se estender.

Fernando= Dulce. – suspirou. – E se você...

Dulce= Hey! – fechou a porta da geladeira. – Não falamos sobre vida amorosa, lembra?

Fernando= Sim, mas depois do que houve com o...

Dulce= Também não falamos do Dan. – cortou-o. – Pai, você sabe. Por que fica insistindo?

Fernando= Está bem, não digo mais nada. – deu-se por vencido e sentou-se à mesa. – Pode contar como foi o almoço com a Ailin? Ou isso também é segredo?

Dulce= Foi muito tranquilo. – guardou a maçã na bolsa. – Ela está bem, meus sogros estão bem...

Fernando= Ex-sogros. – corrigiu-a com amor.

Dulce= E ela fechou uma data de casamento. – seguiu contando, como se ele não a tivesse interrompido. – Me chamou para ser a madrinha.

Fernando= Hm. – abriu o saco de pão. – Você aceitou?

Dulce= Claro que sim, pai. – foi até a pia e pegou a garrafa térmica. – Com prazer. Ailin sempre será parte da família.

Fernando= Sempre será sua amiga. – olhou-a. – Parte da família... não mais.

Dulce= Hoje você tirou o dia para me perturbar, não é? – colocou o café recém-feio para si e logo fechou a garrafa. – Não são nem sete da manhã. Me dê um tempo, seu Fernando.

Fernando= Eu falo da realidade. – abriu a manteiga. – Que você se negue a aceitá-la, aí já é outra coisa.

Dulce= Meu amor, coisa preciosa da minha vida. – colocou a garrafa de café na mesa para ele, e pegou a pequena para si. – Eu te amo. – abaixou-se e ficou na altura dele. – E te amo com todo o meu coração.

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora