Capítulo 42
Maite= O que a satã queria com você tão cedo? – olhou-a pelo retrovisor.
Dulce= Encher o saco que eu nem tenho! – bufou. – Isso lá tem cabimento, menina? Aparecer na minha casa desse jeito! A sorte é que vocês chegaram, porque meu pai já tinha ficado todo curioso.
Santiago= Ele perguntou se nós a conhecíamos. – comentou. – Quando ele veio aqui pra dar um oi.
Dulce= Ai, não. – jogou a cabeça para trás. – O que vocês dois disseram?
Maite= Que só a conhecíamos de vista. – deu de ombros. – O que é verdade, não mentimos. Quem teve que se aproximar dela, foi você.
Dulce= É... – cruzou os braços. – Assim é a vida do pobre. Quando pensei que seria feliz, recebi uma satã de presente e milhões de cargas absurdas.
Maite= Como está encarando tudo isso? – virou o rosto para trás. – Tem umas duas semanas que você não fala nada.
Dulce= Vou dizer o que? Sigo vivendo. – deu de ombros. – Com o instagram lotado de fãs absurdos, que me fazem lembrar a todo instante a bela covarde que eu sou. Na falta de uma, eu perdi duas vezes na vida. Bacana, né?
Santiago= Hm. – estacionou o carro.
Dulce= "Hm" o que? – franziu o cenho.
Santiago= O que? – olhou-a pelo retrovisor. – Não, nada. – desligou o carro. – Bora correr?
Dulce= Não. – ele saiu do carro e ela apressou-se em fazer o mesmo. – Eu conheço essa sua cara de quem sabe das coisas e não quer falar. O que está me escondendo?
Santiago= Eu estou apenas reservando o meu comentário. – esperou Maite sair e então colocou o alarme no carro.
Maite= Pois não reserve. – colocou o celular no suporte preso ao braço. – Diga pra ela. Ela tem que ouvir.
Dulce= Ouvir o que? – prendeu o celular da mesma forma que a amiga.
Maite= O que ele pensa. – deu de ombros. – Somos seus amigos, devemos ter esse tipo de prioridade, não?
Dulce= Sempre tiveram. – caminhou com eles. – Anda, Santi, cuspa aí o que é que você tem pra dizer!
Maite= Diga aí. – incentivou-o. – Porque eu já cansei de falar que é só ela dar um telefonema e ele volta abanando o rabinho.
Santiago= Eu não concordo. – pararam para alongar-se. – Não acho que ela deva ligar. – segurou o braço dobrado atrás da cabeça.
Dulce= Já pensei. – confessou, dobrando o joelho para trás e segurando o próprio pé. – Eu já pensei em ligar, já pensei em escrever mensagens, já pensei em pedir para o Dario me ajudar, eu já imaginei mil coisas, mas não fiz nenhuma.
Maite= E por quê? Por um medo idiota! – alongou os braços para trás. – Por uma possibilidade que nunca vai acontecer.
Dulce= Eu não acho que o Dan vai voltar, não sou o meu cunhado. – girou os olhos. – E já não acho que estou traindo-o por inteiro também, eu só... penso muito nele.
Santiago= Independente do que faça, eu só acho que você deveria sempre andar pra frente. E não ficar dependendo de ninguém pra isso. – trocou o lado do alongamento.
Dulce= Eu ando pra frente, pelo menos profissionalmente. – bufou. – Mas ainda estou muito envolvida sentimentalmente com ele. Não consigo me afastar.
Maite= Vá beijar outras bocas, então. – deu de ombros. – Se não quer lutar por ele, e nem quer que ele lute por você, acabe logo com isso e vá beijar outras bocas.

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Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...