Capítulo 47, parte II

494 30 7
                                    

Ela tomou um banho demorado, saiu do chuveiro e notou que a sacada do quarto estava fechada, embora a caixinha de som continuasse tocando reggaeton.

Vestiu o macaquinho de linho preto com decote em V e manga comprida. Colocou o salto alto, secou o cabelo e fez a maquiagem, marcando bem os olhos.

Completou uma das orelhas com pontos de luz, e a outra com diferentes tamanhos de argolas. Escolheu a shocker preta, pintou os lábios de vermelho e passou o perfume atrás da orelha.

Dulce= Lau? – bateu na porta do quarto da amiga. – Está aí?

Laura= Sim! – gritou em resposta. – Entra!

Dulce= Já está pronta? – surpreendeu-se ao vê-la com o short jeans e o cropped branco.

Laura= Já. – deixou o celular de lado. – Quando voltei, você estava gemendo com o Santi no quarto. – sorriu e viu a amiga corar. – Aproveitei pra tomar o meu banho e adiantar o meu lado.

Dulce= Achei que tivesse ido com o pessoal do outro quarto. – sentou-se na beirada da cama.

Laura= Fui, mas nada de sexo. – riu ao final. – Eu só queria fazer amizade. Diferente de você, né?

Dulce= Não vou tentar me defender. – deitou-se na cama. – Fiz e faria de novo. Aliás, farei de novo.

Laura= É assim que se fala! – bateu no ombro dela. – Quem transa não enche o saco! Bora continuar bebendo, vai! A tequila ficou no seu quarto e eu não pude nem entrar pra pegar!

Dulce= Da próxima vez, por favor, não me deixem no quarto do meio. – riu e levantou-se com ela.

Laura= Da próxima vez eu vou é deixar você com o Santi. – foi até o quarto dela. – É uma habitação a menos.

Dulce= Você é ridícula! – a amiga pegou a tequila.

Laura= Vai beber?

Dulce= Óbvio! – subiu na mesa. – Já mandei tudo à merda mesmo.

Laura= Era aí que você estava, é? – apontou a mesa e então ambas riram.

Dulce= Ali. – apontou a cama. – Mas eu gosto da mesa. Do banheiro também.

Laura= Na cadeira. – serviu as tequilas.

Dulce= Lau, você conta essas coisas para o Santi? – riu dela.

Laura= Não, porque ele surta de ciúmes. – entregou o copo para ela. – Mas a Isa sabe, pra ela eu detalho as coisas que apronto.

Dulce= Deve ser bacana ter uma irmã. – deu de ombros. – Pra dividir as coisas, pra... pra compartilhar os momentos assim.

Laura= É muito bom. Na infância foi um pé de guerra, mas agora somos muito mais unidas do que antes. – olhou-a. – Ela sabe de tudo. Com quem saio, pra onde vou. Ela soube do meu primeiro trio, do primeiro quarteto... tudo.

Dulce= Laura! – arregalou os olhos. – Já... você já...?

Laura= É uma delícia. – levantou a tequila. – Foram as vezes em que mais me senti desejada nesse mundo. Várias mãos te tocando, prazer em todas as zonas do corpo... é bom demais! Brindamos?

Dulce= Brindamos! – riu e bateu de leve o copo no dela, então tomaram as tequilas.

Laura= Quer fazer um trio hoje? – perguntou e a morena engasgou-se com a tequila. – Dulce!

Dulce= Pelo amor de Deus! – tossiu. – Quase me mata!

Laura= Ué, gente! – deu de ombros. – Foi só uma pergunta. Eu, você e o Gal, por que não?

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora