Capítulo 35
Alfonso= Oi, Sama. – beijou-lhe o rosto com carinho.
Samay= Boa tarde, meu filho. – deu um leve sorriso. – Que bom que você veio!
Alfonso= Minha mãe disse que não conseguiu falar com ele. – entrou no apartamento do irmão.
Samay= Ela tentou por quase uma hora, mas ele não quis. – fechou a porta. – Me deixou entrar, mas só aceitou água. Não quer nada. Dona Anahí também tentou, mas não...
Alfonso= Ela me avisou. – arfou. – Ele desmarcou todas as reuniões de hoje.
Samay= Pensei em pedir para o Dario buscar a menina Dulce. – sugeriu. – Ele está no aeroporto pra pegar a Lucía e a Ariel, mas depois poderia...
Alfonso= Dulce não virá, Sama. – exalou. – Eles já conversaram o que tinham para conversar, não adianta forçar. Eu vou subir, ok?
Samay= Está bem, meu filho. – franziu o cenho, mas concordou. – Se ele quiser comer, tenho tudo preparado.
Alfonso= Tentarei convencê-lo. – beijou a testa da senhora.
Subiu rapidamente até o quarto do irmão mais novo, bateu na porta algumas vezes, mas não obteve resposta. Então entrou.
Alfonso= Christopher? – seguiu para dentro do quarto. – Christopher, sou eu. Chris? – viu-o sentado na cama, escrevendo rapidamente no notebook. – Hey...
Christopher= Poncho. – tirou os fones de ouvido. – O que foi?
Alfonso= Oi. – aproximou-se e sentou-se ao lado dele. – Pensei que seria bom passar pra te ver e, de repente... conversar?
Christopher= Estou ocupado. – franziu o cenho. – Escrevendo.
Alfonso= Pode me dar cinco minutos? – olhou-o.
Christopher= Não. – voltou a escrever.
Alfonso= Como você está? – insistiu.
Christopher= Poncho. – girou os olhos.
Alfonso= Não há câmeras e nem internet aqui. – reparou na foto da morena no notebook. – Como você está?
Christopher= Uma merda. – bateu as mãos no teclado. – Com a sensação de que deixei passar a mulher da minha vida.
Alfonso= Está escrevendo pra ela? – deduziu ao ver a tela dividida entre o documento do word e a foto da morena com ele.
Christopher= Tento fazer uma nota de separação. – desabafou. – Quanto mais escrevo, menos entendo. A culpa é minha, eu sei. Eu é que quero coisas demais, eu é que estou exigindo muito dela, mas... como é que amar pode fazer alguém infeliz?
Alfonso= Ela tem uma carga muito grande. – aproximou-se. – E pesada.
Christopher= Eu só queria aliviá-la disso tudo. – passou as mãos pelo rosto. – Quero ser leve, mas olho pra ela e... puta que pariu, eu a amo. Amo aquela garota como eu nem achei que fosse possível uma pessoa amar outra. Não consigo fingir que é menos, não consigo não dizer pra ela, não consigo... eu a faço infeliz assim.
Alfonso= Hey...
Christopher= Nunca me senti tão mal. – o irmão o abraçou em seguida. – Eu a quero do meu lado, é um inferno que não seja assim. É um inferno.
Alfonso= Eu sei, meu irmão. – entristeceu-se por ele. – Eu sei. Sei que dói não ter por perto quem a gente ama.
Christopher= Eu entendo o que ela vive, eu sei que não é fácil, mas eu só queria uma chance pra fazê-la ver a vida de outra forma. – não o soltou. – Dói tanto vê-la de longe, prometer coisas que eu jamais pensei ter que dizer.
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Jogada Perfeita
RomanceEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...