Capítulo7

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Capítulo 7

Christopher não teve paz durante todo o restante do dia, a mensagem de Dulce o tirara completamente dos eixos. Tentara ligar para ela inúmeras vezes, mas agora o celular acusava apenas a caixa postal. Pensou em responder a mensagem, mas todas as respostas pareciam ser insuficientes para o que ele queria falar; precisava ser através de uma ligação.

Encontrou-se com Christian às duas horas da tarde, haviam marcado um almoço naquela sexta-feira.

Optaram pelo restaurante de costume, escolheram a mesa reservada e pediram os mesmos pratos de toda vez; era difícil negar as tradições criadas.

Christopher= Que fim deu ontem à noite? – perguntou assim que o garçom os deixou a sós. – O saldo foi positivo?

Christian= Positivo demais! – animou-se. – Pensa numa morena gostosa! Um sexo irado, foi ótimo, só sucesso. – o amigo riu. – Ainda não falei com ela hoje, mas peguei o número, vou chamar pra darmos uma volta... um barzinho.

Christopher= Bar, né? Isso tem outro nome! – riu com ele.

Christian= Depois vem a sobremesa! – entrou na brincadeira. – E outra, amanhã tem aquela festa privada em casa, você vai, né? Se hoje a coisa desenrolar bem, vou chamá-la pra ir amanhã.

Christopher= Vou dar uma passada. – o amigo resmungou. – Estou cheio de coisa pra fazer!

Christian= Amanhã é sábado! – sério. – E sabe que quando eu digo que a festa é privada, ela é realmente privada. Serão poucas pessoas, anda, vai.

Christopher= Eu vou. – cedeu. – Que horas?

Christian= Às nove. – o amigo sorriu e concordou. – Agora vem cá, não pense que eu não notei que você também desapareceu ontem. Deu bom? Saldo positivo?

Christopher= Na boa? – assentiu. – Nunca foi tão positivo, porra, Christian! – levou uma das mãos ao rosto. – Que mulher! Cara, de verdade, que mulher! Parece que tinha o corpo feito pra mim.

Christian= Aí sim! – bebeu o vinho. – Hoje tem repeteco?

Christopher= Não sei! Não sei e isso está me deixando louco! – confessou. – Ela me mandou mensagem, eu liguei mil vezes e nada, só cai na caixa postal.

Christian= Mandou uma mensagem pra ela te ligar?

Christopher= Não, eu quero falar com ela, pô! Por telefone, ouvir a voz, essas coisas. – o amigo riu.

Christian= Mande a mensagem e ligue depois. – simplificou. – Não parece óbvio?

Christopher= E se ela não responder? – cogitou. – Não posso deixar uma mensagem minha dando sopa assim. As coisas já estão suficientemente difíceis na campanha, eu sei que nem deveria ter passado o meu número, mas...

Christian= Ela te fez perder a cabeça. – completou e o amigo assentiu. – Quando ela pegam de jeito assim, meu rei... só nos resta aceitar.

Christopher= E ela me pegou. – confessou. – Bem de jeito. Sabe a reunião de hoje cedo?

Christian= Qual reuni... ah! – lembrou-se. – E aí? Já está... – riu e mostrou a mão. – Noivo?

Christopher= Longe disso. – bebeu um pouco do vinho. – Bem longe disso.

Christian= Mudou de ideia? – sorriu em tom óbvio. – Percebeu que isso é uma loucura?

Christopher= Ela me fez mudar ideia. – apontou o celular.

Christian= Quem? A garota da balada? – o amigo fechou os olhos ao assentir. – Que isso, cara? Tá maluco?

Christopher= Eu a levei pra minha casa, cara! Para a minha casa! – passou as mãos pelo rosto, rindo sozinho. – Pirei! Não aguentei, quando eu vi já tinha feito o convite, nem o Dario não entendeu nada.

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora