Capítulo 67, parte II

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Christopher= Sabe qual o caminho para a merda? – deixou o capacete no banco da moto, ao lado do menor. – Preciso ir para lá... de novo.

Dulce abaixou o rosto e deixou o riso escapar entre os lábios, o simples ato de encarar Christopher era capaz de fazê-la mudar de ideia, de destruir qualquer que fosse sua força de vontade ou decisão.

Olhou-o outra vez, ele seguia parado, sorrindo e esperando que ela dissesse alguma coisa. Qualquer coisa.

Ela deu um passo até ele, e no mesmo instante percebeu que aquele ritmo não seria o suficiente. Não poderia ir devagar, não poderia esperar, não poderia seguir nenhuma regra; seu sentimento era urgente. Christopher era urgente para ela.

Correu até o homem, simplesmente correu, como se ele fosse desaparecer se não o abraçasse no instante seguinte.

Quando já estava próxima, deixou a bolsa escorregar por seu ombro e passou os braços ao redor do pescoço do homem, que imediatamente abraçou-a pela cintura, tirando-a do chão.

Dulce fechou os olhos ao sentir o perfume dele tão perto, o cheiro agradável, a lembrança da segurança e do carinho que sempre sentia com ele.

Seus dedos deslizaram entre os fios castanhos do homem e ela lhe beijou o rosto demoradamente, permanecendo de tal forma por um tempo muito maior que o normal. Não queria separar-se dele, não queria interromper o compasso rápido que o coração marcava em seu peito.

Não lhe ocorrera a chance de encontrá-lo tão rapidamente e agora queria manter ao máximo o contato que ganhara.

Dulce= Te quiero, menso.

Beijou-lhe o rosto outra vez, beijou o canto de seus lábios e encostou a testa contra a do homem, parecia estudar a aproximação.

Christopher esclareceu tais dúvidas, girando levemente o rosto e permitindo que as bocas se encontrassem.

As mãos dele a seguraram com firmeza, e ela passou as pernas ao redor de sua cintura. Beijaram-se como há duas semanas tanto desejavam.

A língua dela buscou ansiosamente pela dele, suas mãos subiram pelo cabelo do namorado, as duas lágrimas escaparam teimosamente durante o contato.

Sentiu os braços dele a apertarem, como os dedos subiam por sua nuca e os lábios mordiam o seu inferior, puxando-os seguida, com carinho, com desejo guardado e acumulado.

Christopher= Te amo, chiquita mía. – e mais um beijo. – Te quiero mucho.

Dulce= Estava com saudade. – manteve a testa contra a dele e os olhos fechados. – Senti demais a sua falta.

Christopher= Desejei você comigo todos os dias, María. – subiu o polegar pela bochecha dela e lhe beijou o canto oposto dos lábios. – Senti tanta saudade de você.

Dulce= Alex... – sorriu ao final, estava aliviada por tê-lo de tal forma.

Christopher= É muito difícil não te chamar assim, garota. – riu baixo. – Não foi fácil guardar a surpresa.

Dulce= Se isso é o que precisa, por favor, não me surpreenda nunca mais. –  o rosto em seu ombro. – Nunca mais.

Christopher= Eu te amo. – deslizou os dedos entre os fios de cabelo dela. – Muito.

Dulce= Não quero te soltar. – e realmente não moveu-se – Hueles rico.

Christopher= Acha que não sei qual o perfume que você mais gosta? – escutou-a rir. – Nós precisamos ir, amor.

Dulce= Precisamos? – desencostou-se dele. – Ir?

Christopher= Sim. Nós temos que... o que? – notou que ela o encarava. – O que foi?

Jogada PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora