AVISO:
Esse capítulo contém cenas de agressão, abuso e violência física e psicológica.
Se qualquer um destes assuntos é um gatilho, o post de hoje NÃO é adequado para você. Espere pelo próximo.
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Capítulo 62
Anahí= Bom dia, Nana! – entrou casa, o sorriso estampado no rosto.
Nazaret= Bom dia, minha princesa! – sorriu abertamente. – Estou gostando de te ver por aqui!
Anahí= Sempre que posso. – beijou-lhe a bochecha. – O senhor emburrado está aqui?
Nazaret= Seu pai não dormiu em casa. – disse de forma leve. – Não o chame assim.
Anahí= Não dormiu em casa? – franziu o cenho. – E onde dormiu?
Nazaret= Isso eu não sei, meu bem. – sincera. – Ele também não ligou para avisar, simplesmente não apareceu.
Anahí= Sorte a nossa. – deu de ombros. – Minha mãe já comeu?
Nazaret= Ia subir com a comida agora.
Anahí= Então não suba. – sorriu. – Eu vou fazer isso.
A senhora jamais faria qualquer oposição para a menina, então entregou a ela a bandeja com o café da manhã e o comprimido para a senhora.
Anahí= Mãe? Oi! – entrou no quarto, sem ter qualquer surpresa ao ver a senhora sentada na poltrona e encarando a televisão. – Bom dia! – sentou-se ao lado dela. – Oi! Sou eu, Ani. – a senhora não moveu-se. – Anahí.
Anna= Anahí... – sussurrou. – Minha...
Anahí= Única filha. – girou os olhos, acompanhando a fala da mãe. – É, isso aí.
Anna= Anahí...
Anahí= Trouxe o seu café da manhã. – olhou-a. – E o seu remédio. – tocou o rosto da mãe, encarando-a. – Mas não vamos tomar isso hoje. Chega de remédio. Você não precisa de nada disso. – a senhora a encarava. – Sabe o que você toma todos os dias? Lítio. E você não tem transtorno bipolar para precisar disso. – pegou o copo de água. – E sabe como é que eu sei disso agora? Porque fui analisar seu comprimido e seus exames. – pegou o comprimido. – Eu preciso que você reaja e pare de tomar isso. Eu preciso que você melhore, porque eu preciso tirar nós duas daqui. – encarou-a. – Está me ouvindo, mãe? Eu preciso tirar você daqui. Preciso. – a mulher nada falava. – Por favor. Precisa me ajudar. – outra vez o silêncio. – Isso é um comprimido sem nada, você pode tomá-lo. Prometo que vou substituir tudo e Nana não te dará mais medicamento algum. – séria. – Por favor, tome isso.
A mulher não respondeu, mas diferente da demais vezes, abriu a boca e aceitou o medicamento que a filha lhe dava.
Anahí= Sei que está aí dentro. – lhe deu a água. – Sei que me escuta, sei que ele não conseguiu matá-la por completo. Eu só quero que sobreviva, que lute mais um pouco. – sussurrou. – Eu só preciso disso, mãe.
Mas a mulher nada disse. Anahí seguiu conversando sozinha com ela, dando a ela todo o reforçado café da manhã que Nana preparara.
Anahí= E ontem, pra ser bem sincera, tive o jantar mais divertido dos últimos tempos. Comi poke com o seu Fernando. – pegou o celular. – Lembra que eu te disse que ele era da sua faculdade, não é? – abriu a foto. – Esse é uma fotografia atual. Ele era do time de futebol. – os olhos da mãe encararam a foto. – Não era um artilheiro ou nada do tipo, mas ele jogava como...

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Jogada Perfeita
Roman d'amourEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...