Capítulo 14, parte III

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Não precisavam de mais nada para reacender a chama do momento, como se os amigos jamais tivessem aparecido e interrompido nada; era natural que se perdessem na pele um do outro.

Dulce girou os corpos outra vez, e sem deixar de beijá-lo, as mãos abriram rapidamente a calça dele; sua pele esquentava cada vez mais, ela o queria a todo custo.

Nunca foram tão rápidos em despir-se quanto naquele momento, livraram-se da roupa com mais facilidade que a primeira vez, quando o álcool os fizera apressar-se tanto.

O celular dele tocou outra vez e ambos miraram o aparelho, a resposta à tal ação parecia óbvia e fácil.

Dulce recusou a ligação e deslizou o botão lateral para baixo, deixando-o no modo silencioso; por precaução, fez o mesmo com o próprio celular.

Christopher a puxou, colocou-a por cima de si, e então puderam, finalmente, unir os corpos. O gemido dela escapou quase no mesmo instante, juntaram as bocas em um forte beijo enquanto ela passava a mover-se sobre ele.

Sabiam que não tinham muito tempo, que a qualquer momento os amigos poderiam invadir o quarto e descobri-los, mas a verdade era que tal risco servia apenas para excitá-los ainda mais.

Christopher desceu as mãos pela cintura dela, chegou até a bunda, apertou a região e movimentou-se dentro da morena; ela lhe respondeu com os gemidos próximos de seus lábios.

Mais uma vez giraram os corpos, ele ficou por cima dela e ditou o ritmo de tal ato. Deixou as pernas dela sobre seus ombros, viu-a contorcer-se de prazer e aquilo o satisfazia por completo; era fascinado por todos os momentos que vivia com ela.

Dulce o olhou por um último momento e só conseguiu pensar no quanto estava apaixonada, na maneira descabida em que o queria, e como desejava que ele não saísse mais de seu lado; ela voltava a se imaginar ao lado de alguém, e esse alguém tinha rosto, nome e sobrenome.

Dulce= A-ah! – ele entrelaçou as mãos às dela, beijou-lhe a boca e ela finalmente sentiu o corpo tremer de prazer por ele.

Christopher sentiu-se da mesma forma poucos segundos depois, abaixou as pernas da morena e deitou-se sobre ela, notando como ela o abraçava.

As respirações estavam agitadas, entrecortadas, perdidas. As peles quentes, suadas, numa mescla dos perfumes que ambos carregavam.

Ele apoiou o antebraço ao lado do rosto dela e levou a outra mão até a boca da morena, sorriu e a beijou uma última vez.

Demorou-se mais no contato e depois a encarou, atentando-se a cada detalhe dela.

Dulce= O que foi? – sustentou a mirada contra a dele. – Posso ver que está pensando algo.

Christopher= Estou. – deu apenas um leve sorriso. – Quero dizer pela terceira vez, mas já fui rápido antes e não quero errar de novo. Talvez você ainda não esteja preparada.

Dulce= Arrisque pra saber. – disse, quase como um pedido.

Christopher= E se você fugir? – cogitou a possibilidade mais óbvia.

Dulce= E se não? – ele abriu a boca. – Fale.

Christopher= María. – molhou os próprios lábios e encarou a morena, ela seguia quieta e com os olhos presos aos dele. – Eu estou muito apaixonado por você. Por tudo em você. Por cada coisa. E é coisa pra caramba, garota.

Dulce= Alex. – sentia o coração bater acelerado, e corou ao pensar que ele podia ouvir aquelas descompassadas batidas.

Christopher= Eu sei. – disse baixo. – Você não está pronta para...

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