Capítulo 63
Um toque de campainha. Dois toques. Três toques.
Anahí abriu os olhos, o som começava a atormentá-la. Pegou o celular ao lado da cama e olhou a hora: 06h32
Por que queriam tanto acordá-la tão cedo? Não tinha nenhum compromisso pela manhã e precisava dormir.
Batidas fortes golpearam a porta da sala e a loira viu-se obrigada a se levantar. Pegou o robe branco e o colocou com pressa enquanto corria até a sala.
Chegou à porta, ficou na ponta dos pés, e através do olho mágico, viu a figura de Noah. Estava irritado, estava visivelmente irritado.
Anahí= O que é? - gritou, sem abrir a porta.
Noah= Puta merda, Anahí! - bateu na porta outra vez. - Abra isso aqui!
Anahí= É cedo! Me deixe em paz! - reclamou.
Noah= Abra essa porta! - voltou a bater.
Anahí= Eu não quero ver você! - bufou.
Noah= Eu não estou perguntando se quer! - bateu na porta. - Não vou embora sem te ver, não adianta reclamar. - escutou-a bufar. - Por que você ainda tenta?
Anahí= Noah, vá embora. - exalou. - Por favor.
Noah= Pode me deixar ficar aqui ou pode me aturar de plantão na porta do seu apartamento, mas uma coisa eu te garanto: não saio mais daqui. - encostou-se à porta. - Fique muito certa disso.
Anahí= Inferno. - girou a chave na porta. - Entra.
Noah= Obrigado. - ela abriu a porta e ele entrou no apartamento, passando os olhos por cada canto do cômodo; tudo parecia intacto.
Anahí= O que é tão urgente? - fechou a porta e o olhou. - Pra te fazer vir tão cedo?
Noah= Eu tentei... - virou-se para ela e arregalou os olhos. - O que fizeram com você?
Anahí= Que? - franziu o cenho.
Noah= O que fizeram com você? – tocou o rosto dela.
Anahí= Hãn? – deu um passo para trás e então lembrou-se da briga com o pai.
Caminhou até o espelho na sala e viu o lábio inferior inchado e os olhos roxos, os hematomas anteriores nem mesmo haviam sumido por completo.
Noah= Quem fez isso com você? – olhou-a.
Anahí= Noah, não... – ele negou com a cabeça. – Pode, por favor, me ouvir?
Noah= Quem fez isso com você? – repetiu, encarando-a. – Quem, Anahí? Quero um nome.
Anahí= Não. – ele virou-se de costas, puxando o ar e, visivelmente, também a calma. - Noah...
Noah= Seu pai. – disse, soltando o fôlego. – Seu pai é uma certeza. Teve mais alguém além dele?
Anahí= Não vou te responder. – cruzou os braços.
Noah= Quem você está tentando defender? – virou-se para ela. – Quem é? Porque se é constantemente agredida, me tem na sua frente oferecendo ajuda, e mesmo assim não quer nada, então é porque está protegendo alguém. Quem? – ela ficou em silêncio. – Seu deputado? O que precisou vender para dar paz a ele?
Anahí= Poncho não tem nada a ver! – esbravejou e ele arqueou as sobrancelhas. – Noah...
Noah= Viu como ele tem? – apontou para ela. – O corpo nunca mente.
Anahí= Ele não tem nada a ver! – gritou. – Você tem! – aproximou-se e lhe bateu diversas vezes no peito, ele não se moveu nem mesmo um passo para trás. – Você tem! Eu não te quero morto, idiota! Eu não te quero morto!

VOCÊ ESTÁ LENDO
Jogada Perfeita
عاطفيةEle quer o senado. Ela é o caminho. Ela busca justiça. Ele tem os meios. São dependentes e atraídos como imã. Amor para alguns. Pesadelos para outros. O consenso? A jogada perfeita. Segundo livro da série disponível aqui: Jogada Paralela https://w...