Capítulo 52, parte III

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Santiago= Se é esse o problema... – empurrou o prato para ela e riram juntos. – Quer um assunto bobo?

Dulce= Manda. – passou a comer.

Santiago= Hoje foi a primeira vez que vi de perto aquela menina da novela. – a morena franziu o cenho. – A da Televisa.

Dulce= A loirinha? – ele assentiu. – Esqueci o nome.

Santiago= Eu também esqueci, mas é essa aí mesmo. – pegou o salgado. – Eu sempre olhei e pensei que fosse alta. A hora que ela chegou no tapete vermelho... uma nanica. Quase a sua altura!

Dulce= Ela deve ter uns cinco centímetros a mais, se muito. – riu. – Não é nada alta.

Santiago= Eu achava que seria uma modelo de tão alta, juro. – negou com a cabeça. – Dei uma desanimada. Não que eu tivesse qualquer chance com ela nessa vida, mas... – riu com a amiga.

Dulce= É como aquela que era da Televisa também, lembra? – colocou a mão na boca enquanto mastigava. – Que era diretora e agora está na CNN. Já tem um tempo isso, faz uns anos.

Santiago= Sim, a ex-diretora da Televisa! – lembrou-se. – Que se chamava Dulce María também, não era?

Dulce= Era! – gargalhou. – Você ficou enchendo o meu saco!

Santiago= Porque ela tinha o mesmo nome e era baixinha assim. E eu sempre pensei que ela fosse alta, porque não parecia muito pequena perto do marido, aí né... – ria com ela. – Ela era muito bonita também.

Dulce= Brasileira. E inteligentíssima. – ele assentiu. – Foi uma das coletivas que eu mais gostei de cobrir, acredita? A presença daquela mulher quando entrou na sala... não tinha uma só pessoa distraída. Todo mundo esperava por ela. Um salto enorme, me lembro até hoje, ela era firme, precisa nos passos, sabe? Não deixou uma resposta a desejar.

Santiago= Ela é muito inteligente. Eu gostei demais de transcrever aquela entrevista. – voltou a comer. – Eu me lembro que logo depois da coletiva com ela, eu entrevistei o diretor que é casado com ela.

Dulce= E continuam juntos! – complementou. – Vi que os dois tiveram uma menina depois, além do garotinho. As duas crianças são lindas, uma mais bonita que a outra.

Santiago= Foi isso mesmo. Mas no dia que eu o entrevistei, que foi no final dessa coletiva aí... eu acho, honestamente, que em todos os meus anos como jornalista e fotógrafo, eu nunca vi um olhar tão apaixonado quanto o que ele dava para ela enquanto falava. Era surreal.

Dulce= A foto que você tirou dos dois... – ele assentiu. – Eu me lembro! Aquelas duas crianças têm os melhores pais que alguém pode querer! Imagine ser criado por um casal daqueles! – sorriu e negou com a cabeça. – Uma mãe poderosa igual aquela mulher! Ela é o tipo de gente que vale à pena entrevistar, entende? Porque tem muito conteúdo rico!

Santiago= E surpreende. Porque eu já fui esperando uma coisa, mas ela calou a minha boca do início ao fim! – a amiga gargalhou. – Sério, Dul, a inteligência dela é um negócio que prende! Se não fosse casada, eu teria pedido em casamento ali.

Dulce= Santi! – levou as mãos à boca ao rir.

Santiago= Não é verdade? Inteligência é algo que apaixona! – deu de ombros. – E ela ultrapassa o limite das coisas! Não é à toa que o Azcárraga tá aí, lutando feito doido, pra trazer de volta.

Dulce= E não consegue! – deu de ombros. – Nem sei se vai conseguir, se quer a minha opinião.

Santiago= Duvido que a CNN abra mão dela. – negou com a cabeça. – O que ela faz é coisa de doido, aquela mulher não existe de tão perfeita.

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