Capítulo trinta e seis.

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Chapter Thirty-Six
A responsabilidade é sua Di Laurentis
<Carolina Decker narrando>

Eu estava profundamente irritada com a decisão do Di Laurentis de ignorar minha autoridade e assumir o comando dos meus colegas de esquadrão. Se ele pensa que pode simplesmente chegar e ditar regras só porque é um detetive endinheirado, ele está redondamente enganado.

— Carol! — Ouvi alguém me chamar enquanto me dirigia à sala. Ignorei e empurrei a porta com força.

— Gabriel! — Entrei na sala com determinação.

— Agente Decker. — Gabriel respondeu, recebendo-me com um tom sarcástico. Abri os braços, indignada, buscando uma explicação.

— Você ordenou que o esquadrão seguisse o seu plano?

— Não. Eles concordaram com o meu plano. — Gabriel respondeu com um sorriso de deboche. Eu queria desferir um soco naquele rosto arrogante.

— Seu plano é um desastre! Eles são meus colegas de trabalho. Não pode achar que é o chefe só porque tem um cargo importante; você e seu amiguinho vieram apenas para colaborar com a investigação! — Comecei a levantar a voz.

— Fale isso para eles! Eu não forcei ninguém a nada e nem agi como um chefe. Eles concordaram que o meu plano é o melhor! Quem está sendo hipócrita aqui é você, ao tentar me repreender sem motivo. — Gabriel rebateu com uma frieza cortante.

— Vocês disseram que viriam investigar conosco, o que implica discutir ideias e chegar a um consenso. Eu não concordei com o seu plano. — Gesticulei, tentando conter o estresse. Gabriel deu de ombros, claramente desdenhoso.

— Que pena, porque você foi a única que não concordou. — Ele zombou, e eu fiquei ofendida, frustrada com a falta de consideração. — Decker, se o plano falhar, eu assumo a responsabilidade. — Ele falou com uma firmeza que só aumentou minha irritação. A plateia que se formara atrás de nós parecia estar esperando o desenrolar da discussão.

— Essa não é a questão! Você não me consultou sobre nada.

— Estou te informando agora. Eu e os meninos vamos nos infiltrar e começaremos hoje à noite. Se quiser colaborar, fique à vontade, mas esse é o plano. — Ele falou, sua voz firme e desafiadora.

Nos encaramos com um ódio palpável. Fitei seu rosto, desejando poder impor meu desprezo apenas com o olhar. Ele era um arrogante convencido, e eu não ia desperdiçar mais tempo com aquele tipo de pessoa. Suspirei pesadamente, e com uma frieza calculada, falei:

— A responsabilidade é sua, Di Laurentis.

Dei as costas e saí, batendo o pé com firmeza.

— Carol... — Meu esquadrão me seguiu, mas eu interrompi qualquer tentativa de conversa.

— Então vocês concordaram com ele?! — Eu exigi, a raiva evidente na minha voz. A resposta foi um silêncio ensurdecedor. — Traidores.

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