Capitulo cinquenta e sete.

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Chapter fifty-seven
Foi troca de favores ★
{Tacoma, Washington}
<Marcos Diaz narrando>

Estava na sala aguardando o pessoal e comendo um donut enquanto escutava uma música qualquer. Carol entrou bufando e cruzou os braços, claramente irritada.

- Argw! - Carol grunhiu.

- Hm? - murmurei e dei uma mordida no donut de chocolate.

- Pfff - Carolina bufou. Ela continuou bufando, e eu revirei os olhos. Devia ter ignorado sua presença quando tive a chance.

- Escuta, você vai ficar bufando até eu perguntar por que você tá brava?!

- Vou. - Carol virou a cara, e eu bebi um gole de café, respirando fundo.

- Tá bom, por que você tá brava, lindinha?

- Eu vou sair com o Di Laurentis - Carolina disse quase em um sussurro, e eu ri, engasgando com o café.

- Puxa, a Babi não tava brincando quando disse que você prefere marrentos que correm atrás de você.

- Marcos! - Carol me repreendeu, e eu me endireitei na cadeira.

- Se não quer sair com o Bak, não saia.

- 1° Desde quando virou amiguinho dele pra chamar ele por apelidinhos? 2° Eu prometi pra ele.

- A gente anda se falando, ele é divertido. Por que prometeu algo que não queria fazer? Ah, não ser que, na verdade, você queria sim. - Falei sarcástico, e ela retorceu os lábios.

- Foi troca de favores.

- Você pediu um favor para o Gabriel, e ele pediu para sair com você? Poxa, que autoestima que ele tem! - Continuei ironizando, e Carol assentiu, apoiando a cabeça na mão. - Apesar disso, jogada genial devo dizer.

- Achei bem baixo da parte dele.

- Para de se fazer difícil, lindinha. Se realmente não quisesse, não teria aceitado.

- Eu só queria meu favor. - Ela disse e mudou a voz, que eu sabia bem que ela só fazia quando mentia.

- Carol, você é adulta. Isso é coisa de adolescente. - Provoquei com a frase que ela sempre falava. - Não precisa agir como se você não tivesse outras opções.

- Você nunca vai me apoiar?

- Eu tô te apoiando. Se quer sair com o Di Laurentis, vá em frente. Melhor amigo serve pra essas coisas. - Beijei sua bochecha, e ela revirou os olhos.

- Tá, tá, me larga. - Ela me empurrou, e eu ri.

- O que pediu para ele? - Continuei o assunto, curioso, já que Carol raramente dava o braço a torcer e pedia alguma coisa.

- Falar com a Sarah Winchester.

- Com a maior delegada do país? Boa jogada. - Fiz cócegas em sua barriga, fazendo-a rir.

- Não quero sair com o Gabriel, eu não gosto dele. - Carol fechou a cara e cruzou os braços como criança mimada.

- Vai continuar falando disso até quando? Eu sei como você olha para ele, tá caidinha pelo detetive marrento.

- Você acha?

- Tenho certeza. Te conheço, lindinha. Se arrisca mais, se dá uma chance.

- Devia seguir seus próprios conselhos. - Ela respondeu, e eu franzi a testa. - Você também é caidinho pela Milena! - Carol gritou.

- Como é? - Abri a boca, indignado.

- É, Marcos. Sempre que ela está por perto, você fica diferente. Mais alegre, mais atento. Como se todo o resto do mundo desaparecesse quando ela entra na sala.

- Eu... - Comecei, mas Carol continuou.

- E não adianta negar. Você fala dela o tempo todo. Até quando estamos jogando, você arranja um jeito de mencionar a Miih.

- Tá bom, tá bom. - Suspirei, admitindo para mim mesmo. - É verdade, eu gosto da Milena. Desde o primeiro dia que a conheci, algo nela me chamou atenção. Ela é engraçada, inteligente, corajosa... E tem um sorriso que me desarma completamente.

- Então por que nunca disse nada?

- Medo, talvez. Medo de estragar nossa amizade, de ela não sentir o mesmo. E, além disso, ela merece alguém que esteja à altura dela. Não quero decepcioná-la.

- Você nunca vai saber se não tentar. - Carol disse, gentilmente.

- Eu sei. Mas é complicado. Cada vez que penso em confessar, sinto como se estivesse prestes a saltar de um penhasco.

- Às vezes, é preciso arriscar para conseguir o que realmente queremos.

Antes que eu pudesse responder, Gabriel entrou na sala.

- Quem é caidinho por quem? - Gabriel perguntou, curioso.

- Do que vocês tão falando? - Milena chegou do lado de Gabriel com copos de café.

Eu e Carol nos olhamos e demos de ombros, encerrando o assunto por enquanto.

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