Capitulo cinquenta e um.

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Chapter Fifty-One
Porque você é bonita ★

— Como é que é? — Foi minha vez de ficar sem reação.

Por um momento, o silêncio se instalou. Não sabia se o objetivo dela era flertar comigo ou apenas me irritar. Mas admito que aquilo mexeu comigo. Ela desviou o olhar de mim.

— Só porque eu te chamei por apelido quer dizer que eu quero alguma coisa? O objetivo era te irritar.

— Saiba que não funcionou.

— Então, se você me chamou de princesa, quer dizer que você quer alguma coisa? — Ela disse em tom de piada. Acho que ela não esperava uma resposta.

— Talvez eu queira. A gente pode trocar favores. — Eu disse, e ela abriu a boca, surpresa.

— Tá brincando, né?

— Tô falando sério, Agente 089. — Debochei, e ela revirou os olhos.

— Eu realmente queria te pedir algo.

— Sou todo ouvidos. — Cruzei os braços e encostei no corrimão da escada.

Carolina parecia estar pesando suas palavras. Seu tom mudou, tornando-se mais sério e introspectivo.

— Sei que você é o detetive que todo mundo conhece e tal. — Carol tinha um tom de desdém.

— Obrigado. — Dei de ombros, me gabando, e Decker revirou os olhos.

— A questão é que, você já trabalhou com a Sarah Winchester. — Carolina desviou o olhar, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas palavras.

— Direto ao ponto, Decker.

— Queria saber se você consegue arranjar uma conversa com ela para mim.

— Quer conversar com a delegada Winchester? Pra quê?

Carolina hesitou por um momento, e sua expressão tornou-se ainda mais fechada. Ela parecia ter um conflito interno, como se não estivesse confortável em revelar tudo, mas estava decidida a prosseguir.

— Gabriel, sem perguntas.

— Se você me pede algo, tem que dizer o motivo. — Falei, insistente.

— Aah, quem inventou isso? — Ela respondeu com um tom desafiador.

— Seu pedido, minhas regras. — Apontei para ela e depois para mim, para reforçar o ponto.

Carolina respirou fundo, claramente lutando para encontrar as palavras certas. Seus olhos se encontraram com os meus, cheios de uma determinação que não pude ignorar.

— Eu preciso de conselhos sobre como lidar com uma situação... sensível. — Ela começou, hesitante. — Algo relacionado à liderança e estratégia no FBI. A delegada Winchester tem uma experiência impressionante nesse campo. Acho que ela pode me ajudar a entender melhor como alcançar meus objetivos e me preparar para uma posição de liderança.

— Prossiga. — Cruzei os braços, interessado na profundidade do pedido.

— Eu quero me tornar presidente do FBI, cargo supremo. — Carolina finalmente revelou. — E para isso, preciso entender todos os aspectos do trabalho e como lidar com os desafios que virão. Conversar com Sarah Winchester seria um passo importante para eu conseguir isso. Quer o meu RG também, Di Laurentis? — Carolina bufou, tentando aliviar a tensão com um pouco de humor.

— Ah, faz sentido. — Passei a mão pelo meu cabelo, ponderando sobre o pedido. — Eu te ajudo, se você sair comigo.

Confesso que Carolina me chamou atenção assim que bati o olho nela. Garotas determinadas me chamavam atenção, e ela não era nem um pouco feia. Então não perdi a oportunidade de tentar algo. Observei que ela enrijeceu o corpo e virou o rosto para mim, como se eu tivesse falado algo inédito para ela.

— Para de graça, Di Laurentis. — Ela falou hesitante, e eu ri levemente.

— Eu tô falando sério, Princesa. — Provoquei ela com o apelidinho, mesmo sabendo que eu não devia. Eu não podia perder a chance.

— Deixa eu ver se eu entendi, você quer sair comigo? — Carolina repetiu com sarcasmo.

— É exatamente o que tô dizendo.

— E por quê? — Ela disse, e eu fiquei quieto. — Você me perguntou e eu te pergunto também. As regras servem para os dois. — Ela debochou.

— Porque você é bonita. — Foi a única coisa que consegui dizer.

Carolina desviou o olhar e ficou em silêncio por alguns segundos. Finalmente, ela suspirou e respondeu:

— Tá, eu saio com você, Di Laurentis.

case thirty nineOnde histórias criam vida. Descubra agora