Capítulo cento e noventa e três.

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Chapter one hundred and ninety-three
Faz sentido, 045! ★
{Tacoma, Washington}
<Gilson Carter narrando>

Thaiga entrou no ambiente com uma energia contagiante, seus olhos brilhando com determinação. Ela revisou todas as pistas com uma precisão meticulosa. Eu a observei com atenção, fascinado pela confiança que exalava. Quando ela começou a explicar seu plano, eu a escutei atentamente, absorvendo cada detalhe.

— Você entendeu o que eu disse? — Thaiga repetiu, sua voz firme.

— Entendi, 022. — Respondi, tentando manter o tom neutro.

— Você acha que é maluquice minha?— Não exatamente... — dei de ombros, sentindo seu olhar fixo em mim. — Tá, talvez um pouco.

— Faz sentido, 045!

— Não estou dizendo que não faz sentido. Só parece um pouco irreal, talvez?

— Pensa comigo. A Alisson mencionou que as meninas têm que viajar a trabalho. Isso só pode significar uma coisa. — Thaiga apontou para o quadro de pistas, e eu engoli em seco.

— Acha que elas vão ser traficadas?

— É uma possibilidade, mas não é o único cenário.— E o que mais poderia ser?

— Bom, temos a informação sobre o leilão de mulheres. Então, é provável que elas sejam usadas como escravas. Já conversamos sobre isso.

Meu estômago se revirou. A sensação de aflição era quase insuportável. O tráfico humano é um dos crimes mais repugnantes que existem. Minha mente ia direto pra Alisson, em pensar que ela talvez seja a próxima vítima de tráfico humano, ou tráfico de órgãos. Eu não conseguia decidir o que me deixava mais aflito.

Bebi um pouco de água, tentando me recompor, enquanto Thaiga continuava a falar.

— Notei algumas coisas quando estivemos lá. Pelo que entendi, essas "viagens" acontecem todo mês, e é quando as garotas desaparecem. Di Laurentis acredita que as que não são vendidas são usadas para tráfico de órgãos.

— E o leilão?

— Sabe por que só pessoas extremamente ricas vão até lá? Eles buscam escravas, tanto para limpeza quanto para... bem, você sabe.

— Deixe-me ver se eu entendi. — Murmurei, e Thaiga cruzou os braços, aguardando. — Adam leiloa as mulheres como se fossem objetos para bilionários usarem como escravas sexuais ou algo do tipo. E as que não conseguem vender, eles matam e vendem os órgãos no mercado negro.

— Exatamente.

— Que caso mais leve, né? — Ironizei, tentando aliviar a tensão.

— O que importa agora é que precisamos resgatar as garotas antes da viagem, prender o Adam e encontrar a Nancy.

— E qual é o plano?

— Precisamos nos infiltrar no leilão, reunir provas e, com isso, encerrar o caso.

— Quando é o leilão?

— Daqui a duas semanas. Até lá, podemos interrogar o Adam. Com os vídeos das agressões contra a Nancy, conseguimos um mandato.

— Deixa que eu cuido do interrogatório. — Murmurei, enquanto tomava outro gole de água, a determinação renovada.

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