Capítulo cento e cinquenta e sete.

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Chapter one hundred and fifty-seven
Espera aí, você é a Ariel? ★
{Em algum lugar}
<Narrador on>

A mulher caminhava com passos firmes, sua jaqueta quase da mesma cor do cabelo chamando atenção no ambiente. Ela observou o carro familiar de Victor Jones partir, aproveitando o momento para entrar na casa de Collin.

Ao adentrar, a mulher misteriosa viu o homem se levantar com dificuldade, ainda tentando se recuperar do soco que o deixou com a boca sangrando. O empurrão anterior também deslocara seu pulso, causando-lhe gemidos baixos de dor. Ela observava aquela cena com puro desdém.

Collin, percebendo a presença inesperada, arregalou os olhos, alarmado e pronto para se defender. A mulher, no entanto, apenas o encarou com um toque de piedade.

— Eu não vou matar você. — Avisou, aproximando-se lentamente. A cada passo que ela dava para frente, Collin recuava.

— Quem é você? — Ele perguntou, e a mulher apenas balançou a cabeça.

— Isso não faz diferença alguma na sua vida. Não vim para isso. — Respondeu, sua voz firme, mas sem revelar nada além. Collin começou a baixar a guarda, ainda desconfiado. — O que você disse para eles?

— O quê?

— Não se faça de idiota. O casal que acabou de sair, Sevilla e Jones. O que eles perguntaram e o que você respondeu?

— O que tá acontecendo aqui? Você não tá com eles? De que lado você tá? — Collin retrucou, o desespero começando a transparecer. A mulher respirou fundo, impaciente.

— De lado nenhum. Isso não te interessa. Só responde o que eu perguntei.

— Eles perguntaram qual é a ligação entre Ariel e Lara. E eu disse que, sempre que mencionavam uma, a outra estava envolvida. — Collin respondeu, enquanto a mulher começava a caminhar em círculos, como se tentasse montar um quebra-cabeça mental. — Aí, eles disseram que provavelmente a Lara era alguma vítima da Ariel.

— Vítima? — Ela repetiu, séria, mas logo soltou uma risada sarcástica. — Acho que eles não conhecem Lara Cooper tão bem quanto pensam.

— Quando eu disse isso ao cara, ele não gostou nada e me acertou com um soco.

— Espera, foi o Jones que te bateu? Achei que tivesse sido a Sevilla. — A mulher continuou andando em círculos, claramente perdida em pensamentos. — Isso significa que talvez ele conheça a Lara.

— Talvez? Ninguém bate em alguém por qualquer pessoa. Eles com certeza são próximos, íntimos até. — Collin respondeu, ainda tentando se recompor dos ferimentos causados por Jones. — Era só isso?

— Depende, foi só isso que aconteceu?

— Sim.

— E por que eles vieram atrás de você? — Ela perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Eu alterei e apaguei a maioria dos registros sobre o club. Eles descobriram e chegaram até mim.

— Você ainda tem os registros originais? — A mulher perguntou em um tom exigente. Collin balançou a cabeça negativamente.

— Não, mas se você quiser, deve estar com esse tal de Jones.

A mulher bufou, frustrada, enquanto Collin a observava atentamente. Ela começou a recapitular tudo o que sabia, tentando ligar os pontos, até que, de repente, uma ideia lhe ocorreu, como uma lâmpada acendendo em sua mente. Ela finalmente entendia o que Jones e Sevilla estavam procurando.

— Porra, que filha da puta. — Murmurou para si mesma. — Obrigada, você foi de grande ajuda.

— Espera aí, você é a Ariel? — Collin perguntou, examinando a mulher de cima a baixo. A ruiva franziu as sobrancelhas, confusa. — Ruiva, mandona, e aparece aqui desse jeito… — Collin explicou, enquanto a expressão dela se transformava em um sorriso sarcástico.

— Foi bom conversar com você.

A mulher saiu da casa, deixando a resposta no ar. Podia tanto ser um sim quanto um não. Ou talvez, apenas um "talvez". Ela entrou em seu carro, satisfeita com as respostas que havia encontrado e com o desenrolar de seu "trabalho".

case thirty nineOnde histórias criam vida. Descubra agora