Capítulo cento e oitenta e um.

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Chapter one hundred and eighty-one
toda ciumentinha essa semana, né? ★

— Ah, oi.

— E aí. — Madelaine acenou com um sorriso "gentil" no rosto. — A festa está cheia de gente interessante, não é? — Ela comentou, o tom provocativo claramente direcionado a Victor.

A vontade de arrancar aquele sorriso convencido do rosto dela com um tapa era quase irresistível. Revirei os olhos, tentando manter a compostura. *Cínica.*

— O que você está fazendo aqui? — Victor perguntou, a voz carregada de desconfiança.

— Só me divertindo. — Ela deu de ombros, casual.

— Na festa da máfia? — Rebati, tentando sondar suas intenções, mas ela murmurou em desdém.

— Por que a pergunta é sempre sobre mim? Vocês estão aqui também. Vão me entregar para a polícia? — Ela respondeu com um tom provocativo, enquanto eu cruzava os braços, irritada.

— Olha só... — Minha voz subiu um tom, mostrando a irritação crescente, mas ela apenas arqueou as sobrancelhas, claramente se divertindo com minha reação. Antes que eu pudesse continuar, Victor se intrometeu.

— Deixa ela, Bárbara. — Ele pediu, puxando meu braço levemente. Virei o rosto, incrédula.

— O quê?

— Temos coisas mais importantes para fazer. — Ele deu de ombros, tentando encerrar a conversa, mas Madelaine aproveitou a deixa.

— Você está dizendo que eu sou insignificante? — A ruiva falou com uma falsa ofensa.

— Sim, você é. Ninguém nunca te disse? — Retruquei, o sarcasmo pingando de cada palavra.

— M... — Madelaine começou, mas a interrompi de novo, impaciente.

— Por que você não fica quieta?

— Ah, me erra. Se você está incomodada, a saída é bem ali. — Ela foi sarcástica, apontando para a porta com um sorriso provocador. — Você não, você é bonito. — Ela completou, dirigindo-se a Victor com um tom provocativo.

— Como é que é? — Rebati, já dando um passo em direção a ela, mas Victor me puxou pelo braço, impedindo qualquer reação.

— Chega, 078. Vamos. — Ele disse, arrastando-me para longe.

Resmunguei, irritada, enquanto ele me levava para um canto mais isolado da festa. Assim que paramos, me desvencilhei do seu aperto, cruzando os braços, tentando esconder o ciúme que queimava dentro de mim.

— Tá toda ciumentinha essa semana, né? — Victor comentou, a voz carregada de sarcasmo, mas com um toque de satisfação. Ele sabia exatamente o que estava acontecendo.

Revirei os olhos, tentando disfarçar minha insegurança. — Ela é suspeita. — Protestei, usando isso como uma desculpa para o meu comportamento.

— Eu sei disso. Mas você não pode sair por aí confrontando pessoas aleatórias em uma festa da máfia com mais de duzentas pessoas. — Ele enfatizou "máfia", como se para me lembrar do perigo real que estávamos enfrentando. — Mas falando nisso, acho que encontrei alguma coisa.

— Eu também encontrei algo. Ou melhor, alguém. — Respondi, referindo-me à Madelaine, mas Victor ignorou minha insinuação, focado na missão.

— Tá vendo ali? — Ele apontou para uma das salas no segundo andar da festa, onde algumas figuras suspeitas estavam reunidas.

— Aham.

— Ouvi eles mencionarem algo sobre a Ariel. Quero que você vá lá e procure qualquer coisa suspeita. Eu vou distrair eles.

Assenti, ciente da seriedade da situação. Fui até lá sem demora, caminhando com confiança pela festa, enquanto Victor se preparava para me dar cobertura. Sabia que ele era habilidoso em desviar a atenção.

Victor, por sua vez, se misturou entre os convidados, se aproximando dos homens com uma conversa casual, oferecendo-lhes uma bebida. Ele sabia exatamente como agir para parecer apenas mais um dos convidados, com sua atitude relaxada e carisma natural. Em poucos minutos, já estava rindo e conversando com eles, distraindo-os o suficiente para que eu pudesse fazer minha parte.

Aproveitei o momento e entrei na sala, mantendo todos os sentidos em alerta. O ambiente estava cheio de detalhes que poderiam ser importantes para nossa investigação, mas não tive muito tempo para analisá-los. A porta se abriu de repente, e dois homens entraram.

Xinguei mentalmente. Não consigo ter um minuto de sossego.

— Ariel esqueceu a arma dela... — O menor comentou, apontando para uma G40 em cima da mesa de vidro, sem notar minha presença. O outro homem imediatamente o repreendeu com um soco no braço.

— Cala a boca.

*Isso é interessante...*

— Ah, oi meninos. — Zombei, atraindo finalmente a atenção deles.

O maior se aproximou rapidamente, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, soquei-o no rosto com força, seguindo com um chute que o fez cambalear para trás.

Victor, ao ouvir a confusão, sabia que era a hora de intensificar a distração. Ele começou uma discussão falsa com os outros homens, levantando a voz e derrubando acidentalmente um copo no chão, criando um alvoroço e desviando ainda mais a atenção deles. Ele sabia que precisava manter a situação sob controle, para que eu pudesse continuar minha busca sem interrupções.

O homem que eu havia atacado não desistiu tão facilmente, e a luta estava longe de terminar. Mas naquele momento, tudo o que importava era a missão e, claro, a irritação ardente dentro de mim, causada pela provocação de Madelaine e pelo comportamento indiferente de Victor.

Ainda assim, algo me dizia que as coisas estavam prestes a ficar muito mais complicadas.

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