Capítulo cento e oitenta e oito.

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Chapter one hundred and eighty-eigth
Aquela ruiva vadia! ★
{Em algum lugar} 
<Narrador on>

A misteriosa ruiva andava em círculos por sua casa novamente, sentindo o peso de suas próprias inquietações. Seus pensamentos eram como um redemoinho incessante, girando e voltando sempre para o mesmo ponto: a vingança. Esperava impaciente que o momento de agir chegasse, mas a espera estava testando todos os limites da sua paciência.

A cada volta que dava, repassava mentalmente os detalhes do seu plano, refinando-o, buscando falhas, pensando em como virar a situação a seu favor. Lembrava-se da festa da máfia, onde, em meio a conversas sussurradas e olhares desconfiados, captou informações que poderiam ser sua chave para o sucesso. E agora, com a nova descoberta sobre Victor e Lara, sentia que tinha em mãos uma peça crucial.

Ela parou de andar subitamente, como se tivesse acabado de encontrar a solução para um quebra-cabeça complicado. Precisava de um momento para clarear as ideias. Pegou um copo de água de limão que estava sobre a mesa, levou-o aos lábios e, enquanto bebia, sua mente se abriu para novas possibilidades, como se a água tivesse purificado seus pensamentos. Mas a tranquilidade foi breve. Ao perceber a imensidão de sua raiva, seus dedos se abriram involuntariamente, deixando o copo cair ao chão.

O som do vidro se estilhaçando ecoou pela casa silenciosa, refletindo o estado interno da ruiva. Era como se sua frustração estivesse se materializando diante dela. Ela olhou para os pedaços de vidro espalhados pelo chão, sentindo a raiva crescer ainda mais dentro de si. Estava à beira de um colapso, mas ao mesmo tempo, essa raiva parecia fortalecer sua determinação.

— Aquela ruiva vadia! — gritou, a voz carregada de ódio e desprezo. — Manipulou a Eliza para me atacar... como pode ser tão baixa?! Ela vai se arrepender de mexer com a Eliza!

Cada palavra era como uma faca afiada, cortando o ar. A imagem da outra ruiva, a mulher que ousara desafiar seu domínio, queimava em sua mente. Aquela mulher era um obstáculo, um inimigo que precisava ser eliminado a qualquer custo.

A misteriosa ruiva então se ajoelhou perto dos cacos de vidro, como se fizesse uma promessa ao universo ali mesmo, no meio do caos que acabara de criar. Cada pedaço representava um pedaço de sua paciência, sua calma, que havia sido quebrada e jogada ao chão. Mas ao mesmo tempo, cada pedaço era uma promessa de vingança, uma lembrança de que ela não permitiria que alguém passasse por cima dela sem sofrer as consequências.

Promessas sempre foram extremamente importantes em sua vida. Ela aprendeu desde cedo que quando promete algo, deve cumprir. E ali, naquele chão cheio de cacos de vidro, prometeu a si mesma que a garota que tanto atrapalhava sua vida e tentava passar a perna em seus planos iria pagar. Pagaria caro, e não seria apenas uma questão de orgulho ou poder. Seria uma questão de sobrevivência, de mostrar quem era a verdadeira mestre do jogo.

A ruiva levantou-se, sua raiva transformada em uma calma fria e determinada. Não seria uma ruiva qualquer que atrapalharia seus planos. Ela cumpriria sua promessa, mesmo que isso significasse destruir todos que ousassem ficar em seu caminho.

case thirty nineOnde histórias criam vida. Descubra agora