Chapter one hundred and thirty-seven
★ Valeu por me defender ★— Sem chance. Nele, não. — Falei, com firmeza, e as duas armas foram imediatamente apontadas para mim. — Tá legal, chega de show.
Avancei contra eles, a adrenalina pulsando nas veias. Segurei o braço de um dos homens, torcendo-o com força até que ele soltasse a arma, que deslizou pelo chão, longe de seu alcance. Sem perder tempo, girei meu corpo e acertei uma cotovelada no rosto do segundo homem que tentava me cercar. O impacto fez seu nariz estalar, e ele recuou, atordoado.
Enquanto o primeiro tentava se recuperar e alcançar a arma no chão, eu fui mais rápida, chutando-o com força no meio das pernas. Ele se dobrou de dor, gemendo, e eu aproveitei para acertar seu rosto com outro chute preciso. O som surdo do impacto foi seguido por um cuspir de sangue, e ele cedeu, caindo no chão, vencido.
Chutei a arma para Victor, que a pegou habilmente, agora armado e pronto para qualquer coisa. O segundo homem, ainda combalido, tentou me atacar novamente, mas eu estava pronta. Fechei meu punho ao redor de seu braço, torcendo-o com força. Ele gritou de dor, tentando se libertar, mas eu o derrubei com um chute na parte traseira das coxas, fazendo-o cair ao lado de seu comparsa.
Victor se levantou e se aproximou, pegando a segunda arma da minha mão e colocando-a em cima da mesa, como se fosse um detalhe sem importância.
— Vai deixar aí? — Cruzei os braços, lançando-lhe um olhar de dúvida.
— Eles não vão levantar tão cedo. — Ele deu de ombros, indiferente. — Quer sair daqui com duas Glocks na mão e ter que enfrentar mais gente lá fora?
Revirei os olhos, mas não respondi. Ele tinha razão, e a última coisa que eu queria era chamar mais atenção. Victor murmurou algo e, com delicadeza, segurou meu braço, puxando-me em direção à saída. Bufei em indiferença, mas segui-o.
Quando saímos da festa, o vento gelado da noite nos envolveu, trazendo um arrepio involuntário que percorreu minha espinha. O frio era mais intenso do que o normal, e logo senti minhas bochechas corarem. Arrepiei-me, amaldiçoando mentalmente a decisão de usar um vestido naquela noite.
— Pelo menos conseguiu passar os registros da Ariel pro seu celular? — Perguntei, virando-me para ele, tentando disfarçar o desconforto.
— Consegui. — Victor respondeu com uma calma que parecia inabalável.
Nossos olhares se cruzaram, e por milésimos de segundo, senti meu coração acelerar. Ele manteve o olhar, seus olhos escurecendo com algo que não consegui identificar. Lentamente, ele olhou para minha boca, e, sem dizer uma palavra, estendeu a mão para tirar uma mecha de cabelo do meu rosto. Seus dedos roçaram minha pele, enviando um calor que contrastava com o frio ao redor. Eu acompanhei seus movimentos com o olhar, tentando decifrar o que ele estava pensando.
Desviei o olhar, sentindo-me exposta, e apertei o pingente que Victor me deu, distraída, olhando para o chão. Ele notou o gesto e, por um breve instante, um sorriso de canto apareceu em seu rosto, quase imperceptível.
— Valeu por me defender. — Agradeceu, sua voz suave, mas carregada de sinceridade.
Dei de ombros, tentando disfarçar o quanto aquele agradecimento mexeu comigo.
— Tanto faz. Estou com frio. Vamos pra casa logo.
Victor assentiu, mas antes de me seguir, jogou as chaves do carro na minha direção. Peguei-as no ar, um pouco surpresa.
— Sua vez de dirigir. — Ele disse, um tom de provocação na voz.
— Vai deixar eu dirigir seu carro?
— Vê se respeita o limite de velocidade, anã gótica.
Sorri, mas não deixei passar a chance de provocá-lo de volta:
— Talvez eu jogue seu carro no rio.
— Ansioso por isso. — Ele debochou, com um sorriso travesso que me fez revirar os olhos.
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case thirty nine
Fiksi PenggemarSinopse: Em um prédio do FBI no estado de Washington, cidade de Tacoma trabalham o esquadrão setenta e oito composto por sete agentes, cada um com a sua especialidade. Bárbara Sevilla e Victor Jones não se dão bem, e após uma discussão que quase fe...