Capitulo sessenta e seis.

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Chapter Sixty-Six
E como estão os meninos? ★
<Bianca Santiago Narrando>

A recepcionista digitava algo em seu computador, claramente desconfortável com nossa presença.

— Essa foi a última vez que ela veio para cá — disse, com a voz tensa, antes de virar a tela para nós.

Nos inclinamos para ver melhor. A gravação mostrava uma discussão acalorada entre Nancy e Adam. Mesmo sem áudio, era evidente que os dois estavam aos gritos. Gestos exagerados e expressões de raiva dominavam a cena. De repente, Nancy se aproximou demais de Adam, que reagiu de forma violenta, batendo no braço dela. Em resposta, ele a golpeou com força suficiente para deixá-la inconsciente. A gravação se interrompeu abruptamente.

— Onde está o resto? — Carol perguntou, o olhar fixo na recepcionista.

— As gravações desse dia desapareceram do sistema — ela explicou, e eu troquei um olhar preocupado com as meninas.

— Pode nos dizer quem estava trabalhando nesse dia? — Milena perguntou, já digitando em seu iPad.

— Eu não estava aqui nesse dia, mas posso procurar saber amanhã e avisar vocês.

— Ótimo — murmurei, pegando uma caneta e anotando o número de telefone da Miih. — Quando descobrir, ligue para a Agente Denvers.

— Por que eu? — Miih me olhou, indignada.

— Porque geralmente você fica com essa parte — dei de ombros, enquanto Carol ria.

— Mais alguma coisa que possa ser útil? — Perguntei, enquanto as meninas olhavam atentamente para a recepcionista.

— Não que eu me lembre.

Respirei fundo, frustrada, e assenti.

— Isso vai ser mais difícil do que eu pensei — murmurei para mim mesma. Carolina me deu um tapinha reconfortante no ombro.

— Já temos o suficiente por hoje — Carolina avisou, e Milena concordou, desligando o iPad.

— Vamos embora — Miih falou, e nos viramos para sair em direção ao carro.

As meninas entraram, e eu liguei o motor, manobrando para sair do estacionamento.

— Por favor, repete as informações, Denvers — Carolina pediu, enquanto eu dava ré.

— Primeira vez dela foi vinte e oito de julho, última vinte e três de agosto. Menos de um mês frequentando aqui. Na última vez, houve briga e agressão. E, por milagre divino, o resto das gravações desapareceram do sistema.

— Agora temos motivos para interrogar ele — Carolina disse, bebendo um gole de água.

— Sim, e sabemos que quem apagou as câmeras entende de tecnologia — falei, e elas concordaram.

— O Victor devia estar aqui, ele arranjaria um jeito de recuperar as gravações — Carol disse, frustrada.

— Podemos falar com ele depois — Miih sugeriu, e eu assenti.

— E como estão os meninos? — Carol questionou, abrindo a janela.

Resmunguei em resposta, enquanto Milena nos observava, curiosa.

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