case thirty nine

Capítulo cento e trinta e cinco.

Chapter one hundred and thirty-five
★ Charme de gostosa ★
{Seattle, Washington}
<Victor Jones narrando>

Dois dias se passaram como um borrão, e logo eu e Sevilla estávamos atravessando a entrada da festa. Ao longe, avistamos homens robustos guardando a área VIP. Babi lançou um olhar de desdém.

— Se controla, Sevilla.

— Não disse nada, desculpa aí. — Babi levantou as mãos em uma falsa rendição, e eu revirei os olhos. — Mas se quisermos passar por ali, eu derrubo eles fácil. — Ela falou, com um sorriso provocador. Eu sabia que ela não estava apenas brincando.

— Não duvido, esquentadinha. Mas isso chamaria muita atenção, e precisamos ser discretos.

— É horrível estar sem o resto do esquadrão. Eles com certeza já teriam resolvido esse caso. — Babi murmurou, e eu sabia que ela tinha razão. Estávamos acostumados a trabalhar em conjunto, cada um com suas habilidades únicas. Só eu e Sevilla, tudo era mais complicado.

— Ei, garota, eu sou mais que suficiente, dá licença. — Retruquei com um tom presunçoso, tentando aliviar o clima e a falta dos nossos amigos. Ela revirou os olhos, mas não conseguiu esconder um sorriso.

Puxei sua cintura, trazendo-a levemente para mais perto, fazendo com que nossos corpos se alinhassem. O toque era breve, mas a proximidade era eletrizante. Nossos olhares se cruzaram por um breve instante, e o cheiro do seu perfume doce e intenso me atingiu, trazendo à tona memórias da a gente juntos. Se eu me concentrasse muito lembraria da sensação de estar dentro dela. O canto de seus lábios se curvou em um sorriso malicioso, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando.

Mas eu precisava manter o foco:

— O plano é o seguinte: você faz aqueles dois idiotas brigarem, eles se distraem, eu entro, e dou um jeito de você entrar em seguida. Daí, descobrimos o traidor.

— Não seria mais fácil fingirmos que somos da área VIP? Você poderia ter colocado nossos nomes na lista.

— Poderia, mas não fiz. Tá legal? Não pensei nisso, e você também não sugeriu antes. Então, sem “e se”, vamos nos concentrar no que vamos fazer agora.

— E como exatamente eu vou fazer eles brigarem? Derrubando bebida ou algo assim? — Bárbara debochou.

— Não, você não entendeu. — Eu disse, enfatizando o "você". Ela se virou para mim, cruzando os braços, esperando uma explicação. Coloquei as mãos em seus ombros, segurando seu olhar com o meu. — Você vai lá, joga seu charme de gostosa, e faz com que eles disputem por você até começarem a brigar.

— Você está falando sério?

— Confia em mim. Funciona. Eles estão te devorando com os olhos desde que chegamos aqui.

— Ah, agora você repara em quem está me secando? — Ela provocou, e eu resisti ao impulso de admitir que sim, eu estava reparando. E odiava cada segundo disso.

— Não muda de assunto, garota. Não temos o dia todo.

— E homens realmente brigam por isso?

— Babi, você não faz ideia de até onde um homem pode ir por uma mulher bonita.

Ela revirou os olhos uma última vez antes de se dirigir aos homens. Observei enquanto ela caminhava, deixando um rastro de tensão no ar. Em questão de minutos, os dois estavam brigando, exatamente como planejado. Os seguranças correram para intervir, e eu aproveitei a distração para entrar. Babi me seguiu logo em seguida.

— De nada. — Ela murmurou, sem disfarçar o tom de satisfação.

— A ideia foi minha.

— A execução foi minha.