Capítulo cento e onze.

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Chapter One Hundred and Eleven
chamou a thaiga pra sair?★ 
{Tacoma, Washington} 
<Gabriel Di Laurentis Narrating>

Finalmente era um dia de folga, e eu estava relaxando no meu quarto, imerso em The Last of Us. A tranquilidade foi interrompida por uma batida na porta.

— Entra — murmurei, sem desviar o olhar da tela. Crusher entrou logo depois.

— O que você está jogando? — perguntou ele, ajeitando-se na cama ao meu lado.

— The Last of Us, Nem me dá oi mais, né?

— Oi, Bak — Crusher respondeu, observando o jogo com interesse. — Eu estava entediado e pensei: "Por que não ir na casa do Bak?" Então cá estou.

— Minha mãe abriu a porta para você? — perguntei, mantendo o foco no jogo.

— Não, eu tenho a chave — ele respondeu com um sorriso. — Sua mãe não tá em casa

— É, novidade — Já prevendo o motivo eu revirei os olhos.

— Bak! — Thurzin gritou ao entrar no quarto.

— O que? — respondi, ainda absorvido pelo jogo.

— Saiu o novo jogo. Compra para mim? Por favor, por favor!

— Ah aquele lá que eu te mostrei? parece bom — Crusher comentou, e eu dei um leve chute na perna dele.

— Cala a boca, Arthur Miller! — o repreendi, e ele gemeu de dor, alisando o local que eu havia machucado.

— Tá bom, tá bom, é péssimo mesmo — Crusher ironizou, e Thurzin cruzou os braços com uma expressão de frustração.

— Qual é, Gabriel? — Thurzin insistiu.

— Por que você está pedindo para mim? Tem a mãe, tem o pai. — Dei de ombros e ele revirou os olhos.

— Eles estão preocupados demais com o divórcio — ele respondeu, e eu concordei em silêncio. Alguns segundos depois, ele sorriu com malícia. — Falando em casais, você sabia que o Bak está namorando? — Thurzin comentou com Crusher.

— O Bak está namorando? — Crusher ficou visivelmente confuso.

— É, está legal, chega. Arthur Di Laurentis, saia do meu quarto! — Pausando o jogo, levantei e empurrei-o para fora, enquanto ele saiu correndo.

— Como assim? — Crusher insistiu, claramente intrigado.

— Cala a boca, Arthur Miller. Meu Deus vocês dois com o mesmo nome vão me deixar maluco.

— Gabriel! — Crusher continuou a insistir no assunto. Suspirei, sabendo que não teria como fugir da conversa.

— A Carol está fingindo ser minha namorada, tudo bem? — expliquei, com um tom de frustração. — Minha mãe está pressionando muito para eu encontrar alguém, e ela está bem chateada ultimamente. Eu queria dar a ela algo que a fizesse se sentir orgulhosa. A Decker pediu minha ajuda, e foi uma troca.

— Nossa, coitada — Crusher comentou, com um tom de empatia.

— Qual é o problema de eu ter uma namorada? — perguntei, tentando entender o motivo da estranheza.

— Ela não é sua namorada de verdade — Crusher respondeu, achando a situação um tanto ridícula.

— E se ela fosse? Qual seria o problema?

— Você nada. Só que a garota que namorar você tem que aguentar muita coisa. Se bem que a Carol é tão difícil quanto você.

— O que você entende de mulheres? Nem tem coragem de chegar em uma — alfinetei, mas com um tom amigável.

Conhecia Crusher desde a adolescência, e sua timidez sempre foi um obstáculo significativo em seus relacionamentos, sejam familiares, de amizade ou românticos. Ele era um detetive exemplar, mas sua natureza reservada e hesitante frequentemente afetava sua vida pessoal. Meu objetivo ao apontar isso não era rebaixá-lo, mas ajudá-lo a superar seus desafios.

— Isso não é verdade — ele se defendeu, mas com um toque de chateação.

— Ah é? Já chamou a Thaiga para sair? — perguntei com um tom de deboche, vendo-o ficar em silêncio.

Desde que começamos a trabalhar com o Esquadrão setenta e oito do FBI, Crusher não parava de comentar sobre a Santiago, o quanto ela era determinada e bonita. Isso era um sinal claro de que ele estava interessado nela. Percebi que ele se calou, e um sentimento de culpa pesou em meu peito.

— Ei, eu não quis te chatear, tá? — tentei suavizar a situação.

— Eu sei, mas você está certo. Preciso mudar isso.

— Não se cobre tanto. Toma, quer jogar NBA Live ou UFC? — ofereci, entregando-lhe o controle.

— Você sabe que eu vou ganhar — Crusher deu de ombros, orgulhoso.

Fiquei aliviado ao ver que a mudança de assunto havia trazido um sorriso ao rosto de Crusher. Pelo menos, por agora, ele parecia um pouco mais à vontade.

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