Chapter one hundred and forty-five
★ Namorado dela ★
{Tacoma, Washington}
<Carolina Decker narrando>Eu tinha me arrumado para encontrar com Gabriel, mas a verdade é que sair com Bak não estava nos meus planos iniciais. Na verdade, eu só queria evitar passar o sábado sozinha, já que as meninas tinham saído. Mas, no fundo, eu estava mesmo torcendo por uma oportunidade de me encontrar com Gabriel novamente.
— Ai, Gabriel, não gosto de andar com você — murmurei, aceitando o algodão doce rosa que ele me entregou.
— Por quê?
— Porque você é cheio da grana, "Gabriel chuta pobre na rua", e eu me sinto oprimida — respondi, pegando um pedaço do algodão doce enquanto ele gargalhava.
— Eu não chuto pobres na rua.
— E quem me garante?
— Eu garanto, princesa — ele sorriu, e eu acabei sorrindo de volta. — Eu costumava vir aqui quando era adolescente.
— Não me venha com aquele papo de "esse é meu lugar especial e nunca trouxe ninguém aqui", porque isso é meio clichê — falei, e Bak riu.
— Não, até porque o lugar é bem público. Eu vinha em festas aqui na adolescência.
— Claro, aposto que você era um adolescente bem rebelde.
— Eu era mesmo. Quase morri várias vezes me aventurando por aí. Trocava de namorada toda semana, e quando estava revoltado, arrastava o Arthur para quebrar coisas comigo de madrugada.
— Então você era um marginal e cafajeste?
— Se quiser chamar assim... — Ele deu de ombros, e eu revirei os olhos.
— Você é um babaca às vezes, sabia?
— Foi só uma fase — ele se defendeu. — E você?
— Minha adolescência não foi tão empolgante assim, até porque me mudei aos quinze anos. Não conhecia muita gente, só estudava mesmo.
— Por isso virou agente do FBI? Para compensar a falta de emoção na vida?
— É um jeito interessante de ver as coisas — falei, dando mais uma mordida no algodão doce. — Valeu pelo algodão doce.
— Você gosta mesmo disso, né? — Ele riu, e eu apenas assenti.
De longe, observei um homem cambaleando, o cheiro de álcool era perceptível mesmo à distância. Reconheci o homem enquanto Bak pegava o algodão doce da minha mão.
— Samuel... — sussurrei para mim mesma.
— Bebê! — Ele gritou com a voz embriagada, e eu virei o rosto, sentindo meu rosto esquentar de vergonha.
— "Bebê" é você, Carol? — Bak debochou, e eu senti o rosto queimar ainda mais.
— Eu não me orgulho disso...
— Amorzinho, quanto tempo! — Samuel se aproximou, e eu passei a mão no rosto, tentando manter a compostura.
— Oi, e aí? — Gabriel se colocou na minha frente, e eu segurei seus ombros por trás.
— É o meu ex. Ele ainda me liga — sussurrei para Gabriel.
— Ah...
— Como você está? — Samuel perguntou, e eu fiquei ao lado de Bak.
— Ela está ótima, precisa de alguma coisa? — Gabriel respondeu por mim, e eu cruzei os braços, apreciando o modo como ele fingia ciúmes, e estava se saindo bem.
— E você é...?
— Samuel, este é Gabriel, o meu... — Gabriel me interrompeu antes que eu pudesse terminar.
— Namorado dela — disse Gabriel, firme. Samuel franziu a testa, e eu balancei a cabeça, acompanhando a mentira.
— É, o meu namorado — concordei, enquanto Bak me puxava pela cintura, e eu senti uma mistura de divertimento e um frio na barriga.
Era como se eu estivesse vivendo uma aventura adolescente, e fingir que namorávamos parecia a desculpa perfeita para dar um passo adiante. Dei um selinho em Gabriel, que ficou surpreso, mas sorriu em seguida.
A tensão no ar era perceptível, mas ao mesmo tempo, havia um sentimento de liberdade, como se, por um instante, eu estivesse brincando com as regras e vivendo um momento fora do roteiro planejado. E, pela primeira vez em muito tempo, eu estava animada para ver onde isso iria nos levar.
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case thirty nine
FanficSinopse: Em um prédio do FBI no estado de Washington, cidade de Tacoma trabalham o esquadrão setenta e oito composto por sete agentes, cada um com a sua especialidade. Bárbara Sevilla e Victor Jones não se dão bem, e após uma discussão que quase fe...