Capitulo quarenta e cinco.

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Chapter forty-five
Mas linda, a garota mais linda que eu tinha conhecido ★

Babi me observava atentamente, esperando que eu terminasse de falar. Eu evitava olhar para ela, sentindo a tensão no ar.

— Não menti. Você que tirou suas próprias conclusões. Eu nunca disse isso. — Falei quase como se aquilo fosse um segredo. Apesar de estarmos fingindo ser um casal para outras pessoas, eu não havia mentido, e torci para que Babi não percebesse e achasse que aquilo era apenas parte da infiltração.

— Às vezes, a gente descobre depois mesmo. — Diogo falou, e Eliza olhou para ele com olhos confusos. Talvez houvesse algo entre eles.

— Mas deu a entender isso. — Babi disse, mais pensativa do que irritada.

— Se você acha isso... — Falei, desdenhando, e olhei para Eliza e Diogo. — Ela era nova e difícil de lidar, não muito sociável. — Observei que Babi parecia desconfortável com aquele assunto, ao contrário deles, que estavam interessados. — Primeira coisa que eu pensei: com certeza, surtada, marrenta e gótica.

Eliza e Diogo riram, enquanto Babi ainda olhava para o chão, sua expressão indecifrável. Seus cabelos esvoaçavam ao vento frio de outono.

— Mas linda, a garota mais linda que eu já tinha conhecido. — Eu falei, e finalmente senti que Babi levantou a cabeça e me olhou.

Eu tinha sido sincero. Mas nunca iria admitir isso para Babi. Cada dia minha atração por ela parecia ficar maior. Prometi a mim mesmo que aquilo era apenas parte da encenação, apesar de, no fundo, saber que estava mentindo para mim mesmo. Lembrava-me de como meus olhos eram atraídos por ela sempre que entrava na sala, a maneira como ela se movia, com uma confiança teimosa e uma elegância natural que era difícil de ignorar.

— A gente brigava muito, no começo. — Babi finalmente se manifestou, e eu fiquei aliviado de não ter que falar mais nada.

— É aquilo, né? Quem implica demais é amor. — Diogo falou e olhou para Eliza. Não passou despercebido e observei as bochechas de Eliza corarem.

Talvez fosse. Mas não no meu caso e da Babi. Pelo menos eu achava.

— Querem ir na roda gigante? — Eliza sugeriu antes que aquela conversa virasse sobre ela e Diogo.

A roda gigante brilhava ao fundo, suas luzes coloridas refletindo na água. Aceitamos a sugestão e começamos a caminhar em direção a ela, deixando para trás as tensões e incertezas, pelo menos por enquanto.

O vento de outono continuava a soprar, trazendo consigo uma promessa de mudanças e novos começos. E, enquanto seguíamos em direção à roda gigante, não pude deixar de pensar que, talvez, algumas coisas realmente fossem destinadas a mudar.

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