Capítulo cento e vinte e três.

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Chapter one hundred and twenty-three
Cala a boca ★
{Seattle, Washington}
<Victor Jones narrando>

Aquela conversa com a Babi, cheia de provocações, havia mexido comigo. Como sempre, na verdade. Bárbara Sevilla sempre tinha esse efeito em mim. Preciso parar de passar tanto tempo com ela, de pensar nela, e, principalmente, de tido pensamentos sujos quando ela se abaixou na minha frente no carro. Porra. Naquela noite, não consegui escapar disso — sonhei com ela.

{.}

Eu estava dirigindo por uma rua escura e deserta de Seattle. As estrelas brilhavam no céu, tão intensas quanto faróis de carro, e o outono deixava sua marca nas árvores despidas. O silêncio envolvia tudo, exceto o som do motor do carro.

Bárbara estava no banco do passageiro. Seus olhos me observavam com um brilho que fazia meu coração bater mais rápido. De repente, ela se inclinou e apoiou a mão na minha coxa. Um sorriso torto apareceu no canto de seus lábios, e meu corpo inteiro reagiu instantaneamente. A respiração ficou pesada, o ar dentro do carro parecia rarefeito. Maldito sorriso. Meu olhar ficou fixo na sua boca, aquela boca que eu já tinha fantasiado tantas vezes.

— Bárbara... — Murmurei, sem conseguir controlar o desejo que tomava conta de mim.

— Cala a boca. — Ela respondeu de forma fria e autoritária, aquele tom que sempre mexia comigo.

Arfei, sentido uma mistura de frustração e excitação. Apertei o volante com força, tentando manter o controle, mas ela já tinha decidido. Seus dedos habilidosos abriram minha calça, e eu já não consegui pensar em mais nada. Senti suas mãos envolveram minha extensão, seu polegar deslizando sobre minha glande. Meu corpo inteiro tremeu de antecipação.

Então, seus lábios se fecharam em torno de mim, quentes e firmes. Segurei seu cabelo, guiando seus movimentos enquanto sua língua fazia meu corpo vibrar de prazer. Meus gemidos saíam abafados, e a cada movimento seu, eu sentia que estava prestes a explodir. Quando finalmente cheguei ao ápice, o mundo ao meu redor desmoronou em prazer puro.

{.}

09h00 AM. Acordei de repente, um espasmo percorrendo meu corpo. Estava completamente atordoado, confuso, e, claro, excitado. Mas não era uma simples ereção matinal; eu havia atingido o ápice dormindo, como se eu fosse um adolescente na puberdade. Esse era o efeito que a Bárbara Sevilla tinha sobre mim, mesmo quando eu não queria admitir. E só de pensar em encara-la depois de um sonho tão vivido, me sentia envergonhado.

O Mob estava certo, eu estava fodido. Suspirei pesadamente, escondi o rosto nas mãos e me joguei de novo na cama, tentando desesperadamente apagar a imagem daquele sonho da minha mente. Depois de alguns minutos, me obriguei a levantar. Tomei um banho frio, tentando esfriar não só o corpo, mas os pensamentos que insistiam em girar em torno dela. Eu precisava tirar essa mulher da minha cabeça. Mas isso se tornava quase impossível quando eu tinha que conviver com ela vinte e quatro horas por dia.

Desci as escadas com a esperança de que Bárbara ainda estivesse dormindo. Mas, para minha decepção, ela já estava de pé. Seus olhos se estreitaram ao me ver, o que me fez querer desaparecer.

— Você está péssimo, cosplay de vândalo. — Ela ironizou, e eu apenas resmunguei em resposta, lutando para afastar as lembranças daquele sonho infernal.

— Você também. — rebati, enquanto me dirigia até a geladeira para pegar um chá gelado. Mal conseguia olhar para ela, o que só me deixava mais irritado comigo mesmo.

Meu celular tocou, e eu já estava pronto para ignorar, até que vi o nome na tela. Suspirei antes de atender.

— Oi, mãe. — Falei, tentando, pelo menos por um momento, afastar a bagunça que Bárbara Sevilla causava na minha cabeça.

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