Capítulo setenta e seis.

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Chapter Seventy-Six
E se não der certo? ★
{Tacoma, Washington}
<Bianca Santiago Narrando>

O dia estava tranquilo, com pouco movimento na delegacia. Isso era um misto de ruim e bom: ruim porque a investigação parecia estagnar, mas bom porque estávamos menos estressados. Eu estava batendo papo com o GS sobre coisas aleatórias, quando Carolina entrou na sala acompanhada pelo Arthur.

- Que dia péssimo! - Carolina exclamou, cruzando os braços e bufando com evidente frustração.

- Que dia é hoje? - GS sussurrou para mim.

- Sexta-feira - respondi, dando de ombros.

- Ah, encontro dela com o Di Laurentis - GS comentou, referindo-se ao encontro marcado de Carolina com Gabriel.

- Vocês deviam aprender a falar baixo - Carol retrucou irritada, enquanto Arthur se sentava e começava a bebericar seu café.

- Vocês vão à boate hoje? - Arthur perguntou, e eu assenti com um aceno de cabeça.

- Vê se vocês encontram alguma pista sobre a Alisson - GS pediu, e Carolina revirou os olhos.

- Você já pediu isso a semana toda - ela retrucou.

- "Interroguem os suspeitos e procurem pistas sobre a Alisson" - nós, eu e Carolina, repetimos em uníssono, imitando o tom de voz do GS.

- Isso, vocês entenderam - GS sorriu, e eu apoiei a cabeça nas mãos, entediada.

- Bom dia, amigos - Mob entrou na sala carregando uma caixa de papelão.

- O que é isso? - Arthur perguntou, curioso.

- Donuts - tanto eu quanto GS respondemos, e Arthur assentiu em entendimento.

- O que investigamos essa semana? - Arthur perguntou, com a caneta na mão e um olhar atento.

- Revisamos todos os detalhes. Era só prestar atenção - Carolina se irritou, soltando caneta na mesa com força, enquanto Arthur franzia a testa. - Tá, posso pegar um donut? - Carolina perguntou calmamente para Mob, que sorriu falsamente ao estender a caixa.

- É pra já, lindinha! - Mob respondeu, oferecendo os donuts e também na tentativa de que Carolina não se irrite com ele.

Gabriel entrou na sala distraído, e Carolina deu de ombros, mordendo o doce.

- Por que está todo mundo tão quieto? - Bak, com a testa franzida, olhou para nós.

- Porque hoje é um "dia péssimo" - eu disse, fazendo aspas no ar, e todos assentiram. Carolina fez uma careta em resposta.

- Cadê a 013? - Gabriel perguntou sobre Milena enquanto pegava um donut.

- Ela está falando com o Jones sobre recuperar as gravações perdidas - Gilson explicou.

- Vocês vão para a boate hoje? - Bak questionou, e Carolina bufou.

- Será que vocês não sabem fazer outra pergunta? Se dissemos que vamos, então vamos - Carolina respondeu irritada antes de sair da sala. Gabriel foi atrás dela quase que de imediato.

- Vamos interrogar Adam sobre seu envolvimento com a boate e investigar as provas - eu disse, enquanto os outros murmuravam respostas em concordância.

A boate, que havia sido fechada como cena do crime após um tiroteio com os meninos, era agora o centro da nossa investigação. As informações de que várias mulheres que trabalhavam la podiam ser as próximas vítimas me dava arrepios. Nancy Davis, ex-namorada de Adam, o dono da boate, desapareceu e foi encontrada morta sem os órgãos e não tinha nada mais suspeito do que isso. Além disso, descobrimos que Nancy foi agredida por Adam antes de desaparecer, mas a gravação dessa agressão está pela metade e desapareceu do sistema de segurança.

- Então, o plano é o seguinte - eu continuei, organizando as ideias. - Vamos fazer uma inspeção minuciosa na boate. Precisamos verificar todos os possíveis esconderijos e áreas não investigadas anteriormente. Há uma chance de encontrarmos mais provas sobre o tráfico, como documentos ou até mesmo evidências que vinculem pessoas específicas à operação.

- E quanto ao Adam? - Miller perguntou sua expressão mostrava que ele estava claramente preocupado com o avanço da investigação.

- O Adam é nosso principal suspeito. Ele precisa depor sobre a agressão contra a Nancy e talvez a gente consiga fazer ele falar sobee seu envolvimento com a boate e qualquer outra atividade ilegal. Nosso objetivo é pressioná-lo a revelar tudo o que sabe - eu expliquei.

- E se não der certo? - Mob questionou.

- Então teremos que usar outras táticas. Já temos evidências suficientes para conduzir uma busca mais aprofundada e talvez até obter um mandado de prisão para ele. Mas nossa prioridade é garantir que ele nos dê as informações de que precisamos antes de tomar medidas mais drásticas.

- E sobre a Alisson? - foi a vez do GS de falar - A gente tem pistas qu façam ter alguma ideia de onde ela possa estar?

- Não exatamente - eu respondi. - Mas sabemos que ela está envolvida de alguma forma. Alisson tem hematomas nos braços, o que indica que pode estar sendo forçada a trabalhar lá. O que podemos fazer é continuar investigando as pistas que temos e manter contato com informantes na área.

Milena entrou na sala percebendo a tensão no ar.

- O que foi?

- Só revisando o caso. - Expliquei e Milena balançou a cabeça.

- Bom eu preciso tomar um ar, é muita coisa para eu pensar. - Mob disse se levantando. - Quer vim comigo Denvers?

- Eu?Por que? - Miih perguntou um pouco envergonhada e eu revirei os olhos. Como ela podia ser tão lerda.

- Me fazer companhia. - Diaz explicou e Miih assentiu com a cabeça levantando.

Eu observei os dois saírem juntos da sala. Parece que não era só o casal Babi e Victor que tava começando a andar.

- Santiago eu também vou tomar água. - GS disse claramente com sua voz pensativa sobre o caso.

Assenti para ele.

Com apenas eu e Arthur Miller restantes na sala, o silêncio pairou.

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