Capítulo sessenta e sete.

986 67 2
                                    

Chapter Sixty-Seven
Sou Alisson ★
{Tacoma, Washington; Boate}*l
<Gilson Carter narrando>

Eu e os meninos entramos na boate, atentos a qualquer movimento suspeito. Di Laurentis fez sinal para o palco das strippers, e lá estava a loira da última vez, dançando no pole dance distraída.

Seu olhar veio em nossa direção, mas precisamente em mim; eu abaixei o olhar envergonhado. Eu nunca fui exatamente a pessoa mais sociável, pelo contrário, eu sempre fui muito tímido, especialmente para mulheres. Desde a adolescência, interações sociais me deixavam nervoso. Meu rosto corava facilmente e minhas mãos suavam sempre que tinha que falar com uma garota. Até hoje, a sensação de ser julgado ou rejeitado me paralisava.

Mob me cutucou e eu olhei para ele, balançando a cabeça negativamente. Mob revirou os olhos como se eu fosse idiota e fez sinal para eu ir até lá, perto dela. Neguei com a cabeça novamente e os meninos me cercaram.

— Não, gente, eu não consigo.

— É pro caso, coisa profissional.

— E por que eu?

— Porque ela gostou de você, é mais fácil. — Mob continuou.

— Vai logo, você pode descobrir coisas sobre ela. — Arthur argumentou.

— A gente precisa tentar entrar no escritório. — Di Laurentis cruzou os braços.

— Eu não vou falar com ela! — Esbravejei.

— Melhor explicar isso pra ela, porque ela vem aí. — Mob murmurou, e antes que eu pudesse responder, ela já estava na nossa frente.

— Oi. — Ela sorriu com a voz doce.

Olhei para os meninos e Gabriel fingiu olhar para seu relógio de pulso, Mob desviou o olhar e assobiou cinicamente, enquanto Arthur fingia que o chão era a coisa mais interessante do mundo. Idiotas. Revirei os olhos mentalmente e sorri para a loira.

— Oi. — Acenei e ela olhou para os meninos.

— Meninos. — Ela cumprimentou e eles acenaram.

— Bom, a gente vai pra lá. — Arthur apontou para frente e os meninos assentiram.

— É, isso aí.

— Tchau.

Os meninos se afastaram e eu suspirei, derrotado. É tudo pelo trabalho, certo?

— Sou Alisson. — Ela se apresentou.

— Gilson, mas pode me chamar de GS. — Respondi, sentindo meu rosto aquecer levemente enquanto ela sorria de lado.

— Escuta, agora é meu intervalo, você quer tomar um drink? — Ela sorriu e piscou para mim.

— Claro. — Respondi, tentando parecer confiante enquanto caminhávamos até o bar.

Sentamos no banquinho e eu pedi dois copos de vodca, enquanto ela me olhava com um ar malicioso e a bochecha apoiada nas mãos. Nunca senti tanta pressão na minha vida. Ela bebeu um gole de vodca e eu desci o olhar para seu braço onde estava o hematoma da última vez; já estava sumindo, mas continuava lá.

— Escuta, princesa, como veio parar aqui? — Perguntei e voltei a olhar para seu rosto.

Ela suspirou, desviando o olhar por um momento antes de responder.

case thirty nineOnde histórias criam vida. Descubra agora