Capítulo sessenta e cinco.

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Chapter Sixty-Five
Qual o plano? ★ 

Toda aquela baboseira do Marcos dizer que eu tenho uma queda pelo Di Laurentis começou a ocupar minha mente depois do encontro com Gabriel. Ele realmente me deixava mais nervosa do que o normal. No começo, eu achava que era porque eu não ia com a cara dele. Toda sua arrogância me dava nos nervos, mas ele conseguia ser encantador na mesma intensidade, e aquilo estava começando a mexer comigo.

— 089? Decker? Ei? Acorda! — Saí dos meus pensamentos quando a Milena estalou os dedos em frente ao meu rosto.

— Oi?

— A Denvers tem novas pistas. — Thaiga respondeu enquanto fazia a curva na rua escura.

— Estou ouvindo. — Juntei as mãos, colocando-as sobre o joelho.

— Eu chequei as redes sociais da Nancy, e aparentemente todo sábado ela estava em um motel. — Milena disse, rolando o dedo na tela de seu iPad. — Então eu olhei a fatura do cartão dela. — Miih virou a tela para mim.

— Nossa. — Arregalei os olhos ao ver o dinheiro gasto no motel.

— Alguém apresenta para eles um quarto? Não paga nada. — Thaiga disse horrorizada, diminuindo a velocidade para passar por uma lombada.

— Quem gasta 5.356 dólares em um motel? — Cruzei os braços, incrédula.

— Tem algo errado nisso, não é possível. — Bianca mexeu no cabelo, pensativa.

— Qual é o plano? — Miih desligou o iPad.

— Checar as câmeras de segurança do motel. — Disse, abrindo a janela, deixando o vento frio entrar.

— Destino: motel. — Thaiga murmurou, e seguimos caminho.

As ruas de Tacoma estavam tranquilas, as luzes dos postes lançando sombras alongadas nas calçadas cobertas de folhas secas. A atmosfera outonal era um misto de beleza melancólica e uma sensação inquietante de algo prestes a acontecer.

Chegamos ao motel e andamos lado a lado até a recepção. A recepcionista franziu a testa ao nos ver.

— Boa noite. — Ela nos olhou, confusa.

— Boa noite. Somos do FBI: Agente Decker, Agente Santiago e Agente Denvers. — Apresentei-nos, e ela fechou a boca, travando o maxilar.

— O que o FBI faz aqui?

— Precisamos checar as câmeras do dia 23 de agosto. — Thaiga respondeu, e ela assentiu, digitando algo no computador.

— E por favor primeiro, o histórico de Nancy Davis. — Miih pediu.

A recepcionista começou a teclar e em seguida virou a tela para podermos observar.

— A primeira vez dela foi no final de julho. — Falei, passando os olhos na tela. — Óbvio que não vai ter câmeras nos quartos, seria invasão de privacidade. — Sussurrei, pensativa. — Tem câmera nos corredores?

— Tem.

— Isso vai dar muito trabalho pra gente. — Miih disse, quase resmungando.

— Quem falou em a gente? — Thaiga riu com deboche e discou um número no celular. — Ei meninos, nova tarefa para vocês.

— Santiago... — Fiz uma careta de reprovação.

— Vai por mim, eles vão adorar ter algo pra fazer. — Thaiga deu um sorriso sapeca, e Miih revirou os olhos.

— Menos trabalho para a gente. — Miih murmurou, contrariada.

Assenti, e a recepcionista nos mostrou as gravações das câmeras dos corredores. As imagens mostravam Nancy entrando e saindo do quarto, sempre aos sábados, e sempre com um olhar nervoso. Isso definitivamente precisava ser investigado mais a fundo.

case thirty nineOnde histórias criam vida. Descubra agora