Chapter one hundred and eighty-six
★ Bota pra foder naquele lugar ★
{Em algum lugar}
<Narrador on>A manhã estava tensa. Ariel sentia a pressão se acumulando enquanto olhava para o espelho, ajustando cada detalhe de sua aparência. Sua mente estava distante, navegando em um mar de incertezas e frustração. A cada segundo, o peso das escolhas que fizera parecia mais intenso, como uma sombra que crescia, ameaçando engoli-la. Ela precisava decidir, e rápido. Ir ou não ir? Fazer ou não fazer? A indecisão a corroía, mas Ariel sabia que o tempo não estava a seu favor.
Batucando os dedos finos contra suas coxas, a ruiva sentiu um nervosismo crescente, quase sufocante. Estava prestes a desistir e mandar tudo para o inferno quando ouviu batidas na porta. Virou-se bruscamente, com os olhos faiscando de impaciência.
— Descobriram, sobre o galpão. — O homem que entrou disse com a voz baixa, mas firme, tentando esconder sua própria ansiedade. Ele sabia o que aquilo significava e sabia também que Ariel não reagiria bem.
— Porra, agora não. — Ariel murmurou, mais para si mesma do que para o homem à sua frente. Ele percebeu sua irritação e, sem querer prolongar a tensão, saiu rapidamente do quarto, deixando-a sozinha com seus pensamentos caóticos.
Ariel respirou fundo, tentando acalmar a tempestade que se formava dentro dela. Caminhava de um lado para o outro pelo quarto, como uma leoa enjaulada, o som das suas botas ecoando pelo piso de madeira. Seu plano, que fora meticulosamente elaborado, estava prestes a desmoronar, e a sensação de impotência a fazia querer gritar. Ela passou as mãos pelos cabelos ruivos, um gesto nervoso e automático que refletia o turbilhão em sua mente.
Quer merda eu vou fazer agora?
A pergunta ecoava em sua mente como um mantra. Ela estava prestes a encontrar uma solução quando seu celular vibrou sobre a penteadeira. Com um movimento rápido, pegou o aparelho, mas ao ler a mensagem que acabara de chegar, sentiu o sangue ferver em suas veias. Sua paciência, já limitada, se esgotou completamente.
Com um grito furioso, Ariel lançou o celular contra a parede, assistindo-o se despedaçar em mil pedaços. Aquele era o limite. Ela não iria tolerar mais interferências, principalmente de alguém que julgava inferior.
— Aquela ruiva falsificada! — Gritou, sua voz cheia de ódio. — Ela acha que pode se meter no meu caminho e estragar tudo? Ela vai ver só!
Ariel se virou para o espelho, o rosto contorcido de raiva. Ela puxou os cabelos para trás, tentando arrumar o frizz que se formava, mas seus dedos tremiam com a intensidade de suas emoções. Não era apenas raiva, era um sentimento de traição e humilhação que a corroía por dentro. Como ela ousava? Como aquela mulher ousava interferir em seus planos, ameaçar tudo pelo que ela havia trabalhado tão arduamente?
Ela agarrou suas botas pretas de couro e as calçou com movimentos bruscos, quase rasgando o zíper em sua pressa. Seu coração batia acelerado, não de medo, mas de pura determinação. Ariel não iria desistir agora, não quando estava tão perto de alcançar o que queria. Ela já havia tomado sua decisão. Aquela mulher, aquela ruiva que ousou cruzar seu caminho, iria pagar caro. Muito caro.
Deu uma última olhada no espelho, encarando seus próprios olhos, agora cheios de uma fúria incontrolável. O espelho refletia uma mulher determinada, uma mulher que não iria permitir que nada, nem ninguém, ficasse em seu caminho. Com passos firmes, ela desceu as escadas, seu corpo movendo-se com a graça de um predador que sabe exatamente qual será seu próximo movimento.
— A gente não tem muito tempo. — Anunciou, sua voz carregada de autoridade. Cada palavra era um comando, e os que estavam ao seu redor sabiam que não havia espaço para erros. — Bota pra foder naquele lugar.
Ela parou na base da escada, sua presença dominando o ambiente. Todos ao redor silenciaram, sentindo a gravidade do momento. Havia algo na maneira como ela falava, algo no jeito como ela se movia, que deixava claro que Ariel estava preparada para o que viesse a seguir. Não era apenas um comando, era uma declaração de guerra. E ela estava pronta para vencê-la, a qualquer custo.
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case thirty nine
FanficSinopse: Em um prédio do FBI no estado de Washington, cidade de Tacoma trabalham o esquadrão setenta e oito composto por sete agentes, cada um com a sua especialidade. Bárbara Sevilla e Victor Jones não se dão bem, e após uma discussão que quase fe...