MarkMin - (One Day At A Time)

Capítulo. 111

Leeteuk odiava troca de mensagens quando duas pessoas estavam num mesmo ambiente, mas pra não atrair a atenção de sua esposa, pediu o número do americano ao seu irmão pelo chat, que não exitando, lhe passou o contato pedido. O mais velho então foi para o jardim de sua casa assim que se certificou de que sua esposa Nari estava indo para o banho aquela noite.

📲 _ Alô?

_ Boa noite. Sou eu, Johnny. Leeteuk.

📲 _ Oi, senhor. Boa noite. Tudo bem?

_ Se eu disser que estou melhor agora falando com você, vai soar estranho?

📲 _ Depende. Isso é da boca pra fora?

_ Não. Eu realmente estou mais tranquilo agora que estou falando com você.

📲 _ Eu não sei nem o que te falar.. O quê estava te deixando nervoso?

_ Eu conversei com o meu irmão hoje a tarde e essa conversa me deixou pensativo sobre algumas coisas na minha vida, então isso me deixou um pouco abalado.

📲 _ Entendo. Mas é coisa boa?

_ Se eu resolver mudar esses pontos, no começo não vai ser difícil, mas depois vai melhorar.

📲 _ Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas.

_ Tá. Isso foi profundo.

📲 _ Eu sei que foi..

_ Enfim. Tá fazendo o quê agora?

📲 _ Iria tomar banho, mas posso ir depois que terminar de falar com você.

_ Se eu estiver atrapalhando, você pode falar.

📲 _ Não, não está atrapalhando. Não se preocupe.

_ Eu não consigo. Eu me preocupo muito com você.

📲 _ E eu notei.

_ Sério?! Está tão na cara assim?

📲 _ Você pergunta sempre que me vê se eu estou bem..

_ Ah, mas eu faço isso por costume. Não é só com você.

📲 _ Se você me vê três vezes no mesmo dia, você pergunta três vezes se estou bem, é isso que eu quero dizer. Eu notei sua preocupação. Acredito que você não faz isso normalmente com todo mundo que você vê.

_ E você se sente incomodado com isso?

📲 _ Pra falar a verdade eu gosto. É a primeira vez que alguém se preocupa tanto comigo a esse ponto. Me sinto até..

_ Até???

📲 _ Não, não é nada. Esquece.

_ Ah, não. Começou agora termina, Johnny. Por favor.

📲 _ Você pode achar estranho eu dizer isso porque você é casado.

_ Fala, por favor.

📲 _ Táaa. A sua preocupação me faz eu me sentir amado.

_ E você é..

📲 _ Como?! Acho que eu não entendi.

_ Eu quero dizer que eu te amo, Johnny.

_ Pai? - Leeteuk ainda com o celular em sua orelha se virou para trás podendo ver Jeno lhe encarando na entrada do jardim com um travesseiro aparentemente muito fofinho em mãos.

_ Posso te ligar daqui a pouco?! Meu filho chegou aqui.

📲 _ Se você não ligar, eu vou ligar. Precisamos conversar sobre isso.

_ Eu ligo. Prometo. Até jajá.

📲 _ Até, Leeteuk.

_ O quê significa isso?! Tá traindo a Nari?! Ela já está sabendo?! Contou pro Hyuck? - Perguntava uma coisa atrás da outra estando realmente em choque da conversa que havia escutado seu pai falar ao telefone.

_ Calma, amor. - Pediu Leeteuk se aproximando do mesmo e o puxando para se sentar a uma mesa que tinha naquele jardim. _ Vem, senta aqui comigo. Eu sei que pode parecer estranho agora, mas eu não sou hétero.

_ Hã??? - Jeno se encontrava duas vezes mais em choque do que já estava.

_ Eu na realidade sou bissexual e..

_ Desde quando isso, meu Deus? - Surpreso, Jeno questionou falando na frente do mais velho.

_ Calma, amor. Deixa eu terminar de falar. - Pediu Leeteuk tentando se manter calmo por fora enquanto estava o verdadeiro caos por dentro. _ Eu sou bissexual desde quando eu tinha meus dezesseis, dezessete anos.

_ Como assim?! - Questionou se surpreendendo a cada coisa nova que Leeteuk falava. _ Você escondeu isso até hoje porque?! A Nari pelo menos sabe disso, né?

_ Só quem sabe é o seu tio. - Jeno o olhava muito surpreso, balançaca sua cabeça lentamente em negação como se não estivesse acreditando no que estava ouvindo. _ E se ele não tivesse me visto ficando com um rapaz no último dia de aula quando estudavamos, ele também nunca iria saber.

_ Porquê você tá escondendo isso?! Você sente vergonha? - Aquilo até que fazia sentido para Jeno.

_ Não, eu não sinto vergonha. Tira isso da sua cabeça. - Pediu logo se opondo e negando ao pensamento de seu filho. _ Eu só não falei nada até hoje porque eu gosto de estar com a Nari.

_ Gostar é diferente de amar. Você ama esse tal Johnny, pai. - Jeno havia escutado demais e não era bobo, já podia entender que Leeteuk não amava sua madrasta.

_ Eu amo ele sim, mas a nossa relação é algo impossível. - Indagou num tom de lamentação.

_ Porquê você quer que seja impossível. - Taecyeon na qual ouviu um pouco da conversa se aproximou de ambos sobre aquele jardim. _ O meu sonho de princesa é ver o Teuk se assumindo e sendo feliz com quem ele realmente ama, sendo feliz sendo um homem assumidamente bissexual.

_ Pai.. - Jeno se voltou para o mais velho e pegou em suas mãos, passando a olhar fundo em seus olhos. _ Você precisa se assumir, e se você ama esse rapaz, porquê não ficar com ele?

_ Não é fácil, Jeno. Tem a Nari, tem o Hyuck nesse meio. Não quero chatear ninguém. - Essa era a real preocupação de Leeteuk.

_ Mas se você não ama tanto a Nari, qual é o problema em pedir o divórcio e pensar mais em você, pai? - Questionou querendo entender os pensamentos do mais velho. O quê realmente estava lhe impedindo de ser quem ele realmente era.

_ Você falou tudo o que eu penso agora. - Taecyeon concordava com seu sobrinho sem tirar e nem por.

_ Não dá, não quero magoar a Nari. - Balancava sha cabeça em negação.

_ Ela é uma boa pessoa, Leeteuk. Você se abrindo, jogando limpo com ele sobre tudo isso, eu tenho certeza que ela vai entender. - Taecyeon insistia pois queria ver seu irmão feliz, era a vida pessoal do mesmo na qual estava sendo reprimida.

_ Ela é uma boa pessoa mesmo, também acho que ela vai entender. - Concordou Jeno. _ Ele vai chorar no começo, mas vai entender.

_ Eu posso ter mais um tempo pra pensar sobre isso? - Questionou ansiando uma boa resposta.

_ Pode. - Disse Taecyeon e Jeno em conjunto já que não tinham outra escolha, afinal, Leeteuk tinha que estar preparado para se abrir.

_ Tá. Mas essa conversa não pode chegar no Hyuck. - Logo se voltou para seu filho sentado a sua frente. _ Por favor, filho. Vou confiar em você.

_ Ta bom, papai. - Jeno nada mais disse, se levantou e lhe deu uma abraço bem apertadinho pois conversando com seu pai, podia sentir o quando aquele assunto lhe deixava angustiado.