Capítulo. 119

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_ Mas você está pensando em fazer isso pra já ou ainda tá pensando como vai falar? - Questionou interessado naquele assunto, afinal era do bem estar de seu irmão na qual estavam tratando.

_ Na verdade eu queria conversar com ela agora porque depois eu não vou ter mais a coragem que eu estou sentindo. Eu vou ficar adiando.

_ E tá esperando o quê pra falar com ela?! - Questionou Taecyeon deixando o mais velho um tanto confuso. _ Resolve logo isso porque aí vai ser menos um peso nas suas costas.

_ Tá, eu vou agora então. - Leeteuk então respirou profundamente, se via determinado no que faria nos próximos minutos.

_ Mas antes me fala.. - Taecyeon abriu um sorrisinho descarado sobre seu rosto o que deixou seu irmão curioso pra saber o que o mesmo iria lhe perguntar dessa vez. _ Rolou alguma coisa ontem com o Johnny que te fez tomar coragem?

_ Primeiro.. - Leeteuk o olhava com desconfiança. _ Como você sabe que eu estava na casa do Johnny?! E segundo: da minha parte não rolou nada, mas ele queria.

_ Primeiro.. - Taecyeon manteve o sorriso descarado, impedindo seu irmão de sair daquela sala. _ Agora somos amigos, ele me contou que iria te chamar. E segundo: eu quero detalhes bem detalhados do que rolou.

_ Eu vou ser detalhista depois que conversar com a Nari. Eu tenho que ir agora se não eu perco a coragem. - Indagou se mostrando ansioso pra conversar seriamente com a sua então esposa.

_ Aí, vai lado então. - Taecyeon fez questão de abrir a porta daquela sala se mostrando animado. _ Deus me dibre de ser empata foda.

_ O que seria empata foda? - Questionou Leeteuk curioso enquanto andava em direção a saída de seu escritório.

_ Vai, Leeteuk. - Taecyeon então o empurrou pra fora, e então Leeteuk voltou a respirar fundo, decidido, agora andava em direção a sala de estar.

Não vendo Nari ali brincando com Yuta, deduziu que a mesma estaria com o pequeno japonês no jardim nos fundos daquela grande casa. Como bem pensado, lá estava sua esposa correndo enquanto Yuta corria atrás de si com um sorrisão largo em seu rosto.

_ Não queria estragar esse momento, mas tem que ser agora. - Leeteuk falando consigo então se aproximou daquele jardim e se sentou sobre uma mesa na qual tinha ali. _ Nari, meu bem, você pode vir aqui por favor?

_ Claro, querido. - Ao parar de correr a mais velha foi pega pelo japonês na qual esbanjava animação e muita energia. _ Aah, você me pegou. Você corre muito, rapaizinho.

Mesmo Yuta não fazendo idéia do que a mais velha lhe dizia, ainda sim achava graça em si e sorria afetivo para a mesma. Sendo pego no colo por Nari, Yuta logo viu a mesma puxar uma cadeira e se sentando sobre a mesa juntamente de Leeteuk.

_ Você toma esse suquinho enquanto o seu titio e eu conversamos, meu amor. - Indagou dando nas mãos do pequeno japonês uma mamadeira média com suco.

_ Você fala com ele como se ele nos entendesse. - Comentou Leeteuk sorrindo fraco, estando já sem graça para começar a falar o que realmente precisava colocar pra fora.

_ Uma hora ele vai entender. Pode falar, querido. - Indagou depositando toda a sua atenção para seu marido a sua frente.

_ Nari, querida.. - Leeteuk começou a falar, mas antes deu uma pausa soltando um ar pesado de seus pulmões. _ Eu não sei nem como começar a te falar isso, mas eu preciso falar.

_ Então fala, você está me assustando desse jeito. É algo relacionado a sua saúde?! - Questionou preocupada logo soltando Yuta ao perceber que o mesmo queria descer para o chão afim de correr mais um pouquinho, mas dessa vez atrás de uma bola. _ Eu te disse que trabalhar demais não é benefício nenhum.

_ Não, não é nada disso que você está pensando. - Negou rapidamente para que duvidas não houvesse mais. _ O assunto que eu quero falar com você tem a ver com o meu bem estar, o meu verdadeiro eu.

_ Você é bissexual.. - Nari surpreendeu Leeteuk na qual arregalou seus olhos não esperando ouvir aquilo de sua mulher. _ Eu sei. Sei também que você está muito afim do Johnny, e sei que você vai me pedir o divórcio pra tentar uma vida com ele.

_ Nari, como você sabe disso tudo? - Questionou muito surpreso e muito confuso, não acreditava na hipótese de seu irmão ou Jeno ter lhe contado aquilo.

_ Não que eu seja obcecada, mas fui um pouco curiosa demais e acabei ouvindo o que não esperava ouvir. Escutei outro dia sua conversa com o Taec, e também pude ouvir sem querer, mas querendo sua conversa no jardim com ele e com o Jeno. - Para Leeteuk ouvir aquilo lhe fazia mais sentido, mas ainda sim lhe deixava chateado por Nari ter escutado tudo e se feito de forte o tempo todo. _ Eu já estou infelizmente ciente de tudo.

_ Mas porque não disse nada se já sabia do que eu estava pensando em fazer? - Questionou querendo entender os motivos que levou sua esposa a guardar tudo somente para si.

_ Eu ainda acreditava, ou pelo menos queria acreditar que você fosse desistir dessa idéia porque sei o quanto me ama. - Indagou tendo um tom notório de tristeza em sua voz.

_ Nari, querida.. - Leeteuk estendeu suas mãos sobre a mesa sendo elas seguradas por sua esposa na sequência. _ Eu sinto tanto por isso. Mas já são anos me escondendo, eu sinto que tenho que me priorizar nesse momento. Não quero envelhecer e me arrepender no final por não ter feito o que realmente me deixa feliz.

_ Eu sempre vou te apoiar independente de tudo, meu bem. - Mesmo chateada, com o coração em pedaços, Nari tentava sempre sorrir, mesmo sendo um fraco sorriso de dor. _ A sua felicidade é a minha felicidade. O que estiver bom pra você, está bom pra mim. Sabe que sempre disse isso a você. E se eu no momento não estou te fazendo feliz, você tem que voar, me entende? - Questionou tendo um tom embargado de choro em sua voz.

_ Eu sempre vou te amar não só por ter dado a vida do meu filho, mas por ser poço de amor e compreensão comigo. Não só comigo, com todos a sua volta. - Se lembrou Leeteuk do quão gentil e amável Nari podia ser. _ Sou eu quem tenho que te pedir pra voar e ser feliz.. - Não se aguentando por também estar bastante magoado, Leeteuk se entregou aos prantos. _ Te amo!

_ Te amo, querido! - Nari se levantou e sorrindo sempre afim de se mostrar forte naquele momento, puxou Leeteuk para um abraço bem apertado e significativo. _ Não, não chora.. - Sentia o mais velho agora chorar em seus braços. _ Vai ficar tudo bem. O amor e o respeito continua o mesmo, vamos sempre estar ligados pelo nosso Hyuck. Não chora, tá tudo bem, querido. - Pedia fazendo um esforço enorme pra não chorar também pois sabia que se começasse não iria conseguir parar mais.

MarkMin - (One Day At A Time)Onde histórias criam vida. Descubra agora