10.

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LUCAS.

Meu dia tava mais corrido que tudo, papo reto, mal cheguei nessa empresa e já tinha vários bagulho pra fazer. No horário do almoço eu fui num restaurante que tinha umas duas ruas atrás da construtora, assim que coloquei meu pé de volta na empresa já fui pra uma reunião pra poder resolver os problemas do antigo engenheiro que era responsável.

Odiava bagulho desorganizado, se não fosse do meu jeito eu não considerava nada. Refiz tudo e pedi aprovação do projeto, o Caio tava junto comigo na sala porque ele também está responsável na obra.

- Cola aqui, Lucas! - tinha acabado de chegar no campo onde rolava racha entre a galera. Tales já tava lá no meio com bebida e maconha, maior marola. - Pensei que viria não.

Terça feira é o dia da pelada, maior resenha. Falei com o Felipe e o Caio que estava perto, tinha uma garota que já tinha visto umas duas vezes e entrei. Já tava mortão, suado e o segundo tempo quase acabando, queria só uma loira pra finalizar o dia naquela paz terrível.

Por fim geral já queria descer balde, o jogo acabou com 5×1 e eu me sentei na cadeira pegando meu cigarro, desde sempre fumei, mas com o tempo comecei a desenvolver vícios e agora qualquer coisinha eu tô puxando balão. Tô sabendo me controlar mais, mas ainda é um bagulho que não tô afim de parar.

- Já estava pensando que não vinha por causa do Gabriel. - ouvi a Luísa falando pra a amiga dela que é gostosa pra caralho e só olhei de lado. Nem sei de onde surgiu, só vi quando a maluca da amiga começou a conversar.

Ela cumprimentou geral e vi que se dava bem com todos. Quando chegou na minha vez ela me deu um oi toda simpática e sentou entre o irmão dela e a Luísa. Dei um tchau breve e fui finalizar minha noite, subi na moto e senti o vento da noite batendo contra meu corpo.

JÚLIA.

- Júlia, mulher, que macho gostoso esse tal de Lucas. - tínhamos acabado de chegar em casa. Essa semana ela ia ficar comigo como nos velhos tempos. Fazia muita falta ter ela comigo todas as noites e manhãs. - Você viu aquele braço? Meu amor, aquilo ali tem cara de deixar marca por dias.

- Eu namoro, tá? Só pra deixar claro. - murmurei e deitei no sofá pra assistir uma série.

- Namorar não impede de olhar. - ela falou toda boba e eu ri. Realmente o Lucas era gostoso, aquela cara amarrada dele só era um charme no meio de tudo. Mas isso não anula o fato que ele quase me atropelou e ainda jurou que quem estava errada era eu. - Pelo que fiquei sabendo ele é solteiro.

- Sua chance de aproveitar, então.

- Uma pena que não vou poder aproveitar. - ela falou fazendo maior cara de sem vergonha e eu gargalhei alto.

- Vagabunda!! Não acredito cara, que ódio de você. Eu fico um final de semana longe e já tem milhares de fofocas.

Já tinha enviado minha série pra casa do caralho e comecei a fofocar com a Luísa. Fiquei em choque quando ela me mostrou com quem tava saindo, ela não perdia tempo pra nada e eu só fazendo caras e bocas pro que ela contava.

- Não perde tempo mesmo, mana! - juro que ainda estava em choque. - Eu conheci ele no início da faculdade, naquelas festas universitárias, sabe?

Ela concordou e começou a me falar mais, quando vimos já era de madrugada e contentamos a conversar. Nossa noite rendeu tanto que no outro dia eu não consegui levantar pra treinar, enrolei o máximo que consegui, deixei ela dormindo e fui pra agência.

Me tranquei naquela sala pra fazer tudo que não consegui nos últimos dias e só sai pra almoçar, quando voltei já me enfiei de volta e entrei em contato com uma empresa que ficaria responsável pela segurança e com a impressa pra divulgar.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora