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capítulo narrado por três pessoas, atenção 💖

LUÍSA.

Chegou o grande dia de descobrir de quem esse bebezinho aqui é filho. Não consegui dormir nadinha durante a noite por conta da ansiedade, no trabalho eu olhava para o relógio a cada dez minutos para ver se dava meio-dia para eu saber se o resultado já havia sido liberado ou não.

Júlia estava do mesmo jeito que eu: ansiosa. Ela ficou me fazendo companhia durante a noite toda, hoje de manhã ela me deixou aqui no trabalho e a cada meia hora ela me envia uma mensagem perguntando se o resultado saiu e sempre é mesma resposta. Não, irmã. Ainda não saiu.

Esse bebezinho aqui se mexe cada vez mais, de início é estranho, mas depois que você acostuma com essa sensação, você quer toda hora que ele esteja se movimentando aqui dentro. Quando o relógio marca doze horas em ponto eu vou na opção de buscar impresso no laboratório, por conta que quero abrir na presença dos dois e, assim que solicito eles e me confirmam, levanto e vou para onde o uber está me esperando.

Um trânsito infernal eu pego até chegar na clínica, mas quando eles me entregam o resultado em mãos eu sinto meu corpo inteiro receber uma onda de choque. Guardo na bolsa e entro de volta no uber para dessa vez ir para onde Felps e Júlia estão me esperando para almoçar. Minha vontade é abrir ele e saber, mas sou incapaz de fazer isso sem a presença deles.

- Oi, cheguei! - sento na mesa dos dois que estavam conversando e bebo da água do Felipe inteira.

- E aí? O que deu? - minha amiga pergunta.

- Não sei, não abri. - os dois me olham incrédulos e eu dou de ombros. - Para, eu só vou abrir com a presença dos dois.

- Porra, até lá a criança já nasceu. - Felipe quem diz. Com a minha ansiedade atacada eu tenho é medo do que pode acontecer. - E vai abrir quando? Quero saber desse caso de família.

- Não sei... - respondo. - Estou esperando o Caio me responder quando chega para eu avisar o Thiago também.

- O Lucas me disse antes de ir que eles voltam depois das seis. - meu namorado e o dela foram pra São Paulo, só que nem um dos dois estão com o celular ligado, então eu não tenho notícia alguma. - Até às oito eles já vão estar aqui.

- Eu não vou aguentar muito tempo, juro por tudo. 

- Eu brincava com a Júlia de namorado zero um e zero dois, mas na real tu que foi a pilantra mesmo.

- Ai, Felipe, como você é desnecessário! - dou um chute na perna dele por baixo da mesa e ele solta a maior gargalhada da vida. - Quero ver é o que vai dar você e Débora no mesmo lugar, isso sim.

- Hm? Quem é essa maluca mesmo? - responde se fazendo e eu ignoro.

- Mas irmã, fica tranquila, tenho certeza que independente do resultado você vai ter o apoio de ambos. - pega na minha mão. Eu também acho isso, mas mesmo assim não deixa de ser duvidoso. -  Você tem eu, tem o bobão do Felipe, meus pais, a tia... Apoio não vai faltar.

- Eu sei... - não consigo comer nada, então só peço um suco bem ácido para amenizar esse enjoo que estou sentido, enquanto esses dois devoram uma tábua de churrasco com batatas fritas.

NASCER DO SOLOnde histórias criam vida. Descubra agora